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Fortalecer a CUT

Como combater o desmonte da CLT e dos sindicatos?

A CUT pode e deve ser o maior polo de organização e mobilização dos trabalhadores contra o golpe, mas para isso é preciso romper com sua política de paralisia e lamentação.

Se há uma coisa que não é novidade nem para aqueles que estão à margem da política são os objetivos absolutamente nefastos do golpe de 2016 contra as conquistas sociais e econômicas dos trabalhadores brasileiros ao longo de muitas décadas.

Fim da CLT, Reforma Trabalhista, Reforma da Previdência, desemprego em massa, privatizações, liquidação dos planos de saúde vinculados as empresas do governo, arrocho salarial, destruição dos programas sociais, destruição da saúde e da educação… enfim, não há um único aspecto da vida do trabalhador brasileiro que não tenha sido duramente atacados pelo golpe de Estado.

Diante do avanço do golpe, agora com um presidente abertamente fascista, acentuou-se ainda mais os objetivos de liquidar quaisquer resquícios de estado social no Brasil ou nas palavras do fascista Bolsonaro, ditas em sua posse, “acabar com o socialismo no Brasil”.

A direita e a extrema-direita só avançam tão rapidamente contra os direitos dos explorados brasileiros por conta da passividade da esquerda. Aliás, uma parte, que poderia ser considerada como a direita da esquerda representada pelos governadores do PT e do PCdoB, defendem a política do golpe em seus estados, como estamos vendo no caso da reforma da Previdência. A ânsia direitista fica evidente, quando se verifica que esses governadores se anteciparam em impor as reformas antes mesmo que a esmagadora maioria dos seus pares apoiadores abertos do bolsonarismo e da extrema-direita.

Existe, ainda,  um outro setor, esse fundamental do ponto de vista da defesa dos interesses dos explorados, por ser o representante de dezenas de milhões trabalhadores nos mais de 4 mil sindicatos que dirige, por ser a maior central sindical da América Latina e uma das maiores do mundo, mas que encontra-se em um impasse absoluto.

A CUT tem todas as condições de ser o grande polo opositor da direita bolsonarista e de todas as suas variantes, pois além da sua representatividade ela e os sindicatos estão diretamente ameaçados de destruição pelo fascismo. Todo dirigente sindical e de esquerda sabe ou pelo menos devia saber que o objetivo número 1 do fascismo é o de destruir todos os movimentos organizados de esquerda e esmagar suas direções.

É por isso que a paralisia da CUT e dos sindicatos chama ainda mais a atenção. É um problema de vida ou morte. A CUT e os seus sindicatos caíram em uma verdadeira condição de prostração. São apenas denúncias e choro, muito choro, mas de efetivo, de luta, nada.

Um caso exemplar dessa condição é a própria “luta” contra a “reforma” Administrativa, que pretende liquidar com o Serviço Público no País e, consequentemente, com o próprio Servidor. A agenda de mobilização está para março de 2020, isso,  justamente quando os servidores públicos de diversos estados estão travando uma luta agora, nesse momento, contra os governos estaduais que estão numa frente única com o bolsonarismo e o “Centrão”, a direita brasileira, para acabar com o direito à aposentadoria.

O problema fundamental é que a CUT e os seus sindicatos não têm nenhuma orientação positiva para combater a direita, a extrema direita e a esquerda que defende a direita. Não tem campanha. Não tem mobilização. A CUT e os sindicatos estão “enfeitiçados” por uma política de tipo eleitoral e não sindical: “vote em mim, porque eu defendo isso” ou “contra os que estão destruindo a previdência, vote em mim”. A questão é que essa de tipo de política eleitoral não leva a lugar nenhum.

É preciso uma orientação prática, de ação, que mobilize os trabalhadores em suas bases como, por exemplo: contra o desemprego, jornada de 35 horas, sem redução de salário; defesa da CLT; abaixo a carteira verde-amarela; salário mínimo vital; abaixo a reforma da Previdência; Fora Bolsonaro, etc., etc., etc.

Uma política de unidade entre diferentes setores mais que tem em comum o fato de que são atacados pelo governo federal, por exemplo. Aliás, o for Bolsonaro deveria ser o eixo impulsionador de toda a unidade, justamente porque toda a política de destruição e de desmonte é resultado do golpe de Estado.

Poderia se objetar a aprovação da reforma da Previdência, que teria havido uma política de unidade, etc. Mas que política de unidade que existiu? Com outras centrais? Esse é um arremedo de unidade. Primeiro, porque a CUT e a única e verdadeira central.  As outras são fictícias ou abertamente patronal, como é o caso da Força Sindical. Segundo, a unidade serviu apenas para rebaixar a luta e no final das contas se transformar em um mero instrumento de pressão sobre o cemitério das reivindicações populares que o o Congresso Nacional, ainda mais, se é que é possível, recheado de congressistas saídos do golpe de Estado.

A CUT e seus sindicatos têm tudo para se transformarem no verdadeiro fator de mudança e de derrota do golpe no Brasil, mas a condição para isso é romper com a sua própria paralisia, chamar os trabalhadores às ruas em torno de um programa justo, ou seja, que expresse os anseios da população, e de uma orientação prática, de luta, de ação.

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