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Um programa para a crise

Como combater a crise sanitária, econômica e humanitária

É preciso um programa independente dos trabalhadores

Com a chegada do mês de março, completou-se um ano desde as primeiras medidas que as autoridades brasileiras decidiram tomar diante da pandemia de coronavírus. E o resultado? O Brasil é o segundo país que mais assassinou o seu povo no mundo através da COVID-19, ficando muito à frente de países como a China.

Mas não é só isso. Não bastasse o resultado desastroso, o País ainda não conseguiu controlar minimamente a pandemia. Muito pelo contrário: nas últimas semanas, o coronavírus matou como nunca: duas mil pessoas vêm perdendo a vida por dia durante a última semana.

Se a pandemia seguir neste ritmo, o País já terá meio milhão de mortos até julho. Isso sem levar em conta que todos os dados sobre o coronavírus são fraudados, seja pelo interesse em minimizar a crise sanitária, seja pela falta de informações oriunda da ausência de uma política de testagem em massa.

O genocídio em marcha no Brasil tem muitos culpados. O presidente ilegítimo Jair Bolsonaro, que destinou R$1,2 trilhão aos banqueiros logo no início da pandemia, além de defender uma ideologia esquisita segundo a qual o coronavírus não seria um problema, é um deles. Mas, ao seu lado, estão, como cúmplices, todos os governadores estaduais e as demais autoridades de conjunto, incluindo o Poder Judiciário, que determinou a obrigatoriedade da vacina, mas não obrigou o Estado a fornecer a vacina para o povo.

A “solução” da burguesia, que colocou até mesmo os governadores de esquerda a seu reboque, foi a de mandar um setor da população ficar em casa, não investir um único centavo na Saúde pública, não vacinar nem testar a população e, ao mesmo tempo, manter a economia funcionando. Tudo foi declarado serviço essencial, até mesmo a construção civil, os shopping centers e — pasmem — as escolas.

A desculpa seria salvar a economia — “primeiro a economia, depois as vidas”. Mas nem isso aconteceu. Mesmo sendo criminoso que o governo preferisse salvar os bancos enquanto o povo morria nas ruas, a economia segue ladeira abaixo. O Produto Interno Bruto (PIB) recuou mais de 4,1% no último ano e o desemprego a ultrapassou a marca de 14 milhões de pessoas. Isso sem contar com a quantidade de pessoas no chamado emprego informal.

Para tentar conter a crise e a tendência cada vez mais explosiva, o governo decidiu entregar um auxílio emergencial de apenas 600 reais, pagos apenas para uma parcela minoritária e reduzidos a 200 reais, até finalmente ser extinto. Uma “solução” que terá como resultado um aumento extraordinário de pessoas na extrema pobreza.

Para enfrentar a crise, que se desenvolve tanto do ponto de vista sanitário, como econômico e até mesmo humanitário, é preciso ter um programa que tenha como centro travar uma luta contra a burguesia parasita que está entregando a vida do povo para salvar os seus próprios negócios. A demagogia, a repressão e a falsificação devem ser enterradas junto com o regime político podre estabelecido em meio ao golpe de 2016.

É preciso, em primeiro lugar, fazer um isolamento real, planejado, e não da maneira ziguezagueante que os capitalistas estão fazendo. É preciso levar em consideração aquilo que de fato é essencial para a sociedade e que os capitalistas paguem pela crise, e não o contrário. O critério para abrir um setor da economia não pode ser a pressão de um capitalista sobre o governo, mas sim o interesse coletivo.

Sendo assim, é preciso suspender as demissões, fechar todos os postos de trabalho não essenciais, obrigar os capitalistas a pagar os seus empregados o valor integral do salário e organizar o transporte público para que não haja aglomerações. Ao mesmo tempo, é preciso, para os setores que não estão empregados diretamente pelos capitalistas, um auxílio emergencial real, que tenha como valor um salário mínimo.

O salário mínimo, por sua vez, deve estar vinculado às demandas reais do trabalhador, e não ser um salário de fome como é o atual. Neste sentido, é preciso um salário mínimo acima de R$5 mil e com atualização a cada semestre.

Por fim, os trabalhadores devem se mobilizar por um plano de vacinação real, que seja capaz de imunizar toda a população rapidamente. Que os capitalistas arquem com os custos! Ao mesmo tempo, é preciso uma ampla campanha para estimular a população a tomar a vacina, e não reprimi-la.

Esse plano, contudo, só poderá ser executado se houver, junto a ele, uma luta política. Bolsonaro, Doria e todos os golpistas foram colocados no poder para garantir os interesses da burguesia. É preciso, por isso, levar adiante a luta pela derrubada do governo Bolsonaro e de todos os golpistas.

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