A segunda quinzena de maio marca uma nova etapa da luta contra o golpe de estado no brasil. Isso ficou claro com a intensificação das manifestações de massa em torno do repúdio à política dos golpistas, iniciadas durante o carnaval e mais recentemente com um poderoso movimento nacional com a palavra de ordem de Fora Bolsonaro dominando as reivindicações.
Encabeçado pelos professores, e depois reforçada com a adesão do movimento estudantil, as manifestações do último dia 15 de maio fixaram um marco a partir do qual a política deve se nortear.
Muito embora houvesse alguma confusão em torno da origem e do protocolo que algumas organizações eventualmente tentaram em vão submeter esses atos, ficou muito claro que as posições defendidas pelos comitês de luta contra o golpe, o “Fora Bolsonaro” e “Liberdade para Lula” prevaleceram em todos os atos.
Os comitês, formados ainda como medida de luta contra o processo fraudulento de impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff, têm tido papel central no enfrentamento do golpe de estado. Motivaram algumas organizações de esquerda a se posicionarem frente o processo de impeachment, frente a prisão do companheiro Lula, e chegaram até mesmo a servir de modelo para que o maior partido de massas brasileiro, o PT, se organizasse para reagir aos ataques golpistas através da formação dos comitês Lula Livre, entre outras medidas.
Dito isso, é certo afirmar que o potencial de luta que os comitês possuem devem, mais uma vez, estar presentes. Essa nova etapa de mobilizações é uma oportunidade sem igual para que o movimento operário e movimento estudantil trabalhem de maneira mais coesa, pois, o núcleo golpista esta exposto, seus quadros, ainda desarticulados, não tem resposta eficaz contra a pressão imposta pela população, pressionada cada vez mais pelas medidas do governo.
É preciso mais uma vez organizar a luta. É preciso aumentar e expandir os comitês de luta contra o golpe. Assim como foram importantes antes, ao pautar as reações do movimento operário contra o início dos ataques golpistas, serão igualmente importantes agora, para centralizar e definir os próximos passos. Pela formação de novos comitês, pela realização de plenárias regionais em todo o país para organizar a luta pelo Fora Bolsonaro e por Eleições Gerais!