Na terça-feira (16), Ursula von der Layen foi eleita com uma curta maioria. Como dito em matéria anterior, trata-se de uma representante típica do imperialismo, tendo sido até agora ministra da chanceler alemã, Angela Merkel, uma das principais dirigentes do bloco majoritário do imperialismo. O resto dos órgãos europeus também se consolidaram como instrumentos da ala principal do imperialismo europeu.
Von der Layen irá substituir Jean-Claude Junker na presidência da Comissão Europeia, uma espécie de órgão executivo da União Europeia. Os órgãos de imprensa capitalistas, porém, parecem estar preocupados com sua vitória apertada, que representa uma intensa crise do principal setor do imperialismo.
Tendo de obter maioria do parlamento europeu para ser eleita, isto é, 374 votos, Von der Layen conseguiu 383, sendo que 327 votos contra e 22 abstenções. Quer dizer, ganhou por nove votos com um profundo repúdio da maioria de uma boa parte dos deputados (349 votos).
A crise também se expressou na social-democracia chamou voto nela, mas mesmo assim deputados se negaram e alguns votaram contra, cerca de 50 deputados, principalmente os próprios alemães.
Isso mostra uma profunda desagregação de todo o regime imperialista, apesar da vitória de Ursula. Não conseguiram chegar a um consenso nem dentro de um mesmo partido.