De acordo com dados do Serasa, a atividade no comércio físico em 2020 teve uma diminuição de 12,2%, sendo a maior da série histórica iniciada em 2001. A queda foi puxada pelo recuo de 16,2% na venda de veículos, motos e peças.
Quando se compara dezembro de 2019 com o mesmo mês de 2020, a queda amorteceu, ficando em 3,5%, mais baixa na análise mensal registrada desde fevereiro. O que comprova que a pandemia não é o principal fator da quebradeira promovida pelo golpe e pela ascensão do fascista Jair Bolsonaro à presidência, mas sim as políticas neoliberais impostas pelos golpistas e pelo imperialismo desde então.
Esses números demonstram o desastre econômico causado pela imposição das políticas de arrocho salarial, reformas trabalhista, da previdência, entre outras medidas neoliberais aplicadas desde o golpe de Estado que derrubou a presidenta Dilma Rousseff (PT) em 2016 e colocou na presidência primeiro o golpista Michel Temer (MDB) e em seguida o fascista Jair Bolsonaro, com a fraude eleitoral de 2018.
A pandemia da covid-19, que foi usada como pretexto pelos golpistas para impor ainda mais políticas de arrocho, assim como medidas restritivas que beiram uma verdadeira ditadura, serviu como um catalisador do desastre econômico comandando pelo ministro golpista Paulo Guedes e sua agenda neoliberal.
Este episódio do comércio é mais um indicador da situação do País. Neste momento mais da metade da população em idade para trabalhar (acima de 14 anos) está desempregada, a indústria nacional representa cada vez parcela menor do PIB. O poder de compra da população voltou a patamares de 2009 e mais de 72 mil empresas de varejo fecharam as portas em 2020.
O programa econômico dos golpistas, representado pelo ministro Paulo Guedes, tem como prioridade garantir o lucro dos bancos, enquanto sacrifica todo um setor do comércio no Brasil, que vai da pequena burguesia até os trabalhadores informais. Estes são os principais responsáveis pela economia no comércio presencial, que vem sofrendo ainda mais dificuldades com as medidas restritivas impostas sob o pretexto de “combate à pandemia”, o que tende a levar a revolta e a resposta de um amplo setor da população.