Pelo fim da PM já!

Começa novo julgamento dos acusados pela chacina de Osasco

PMs de São Paulo voltam ao banco dos réus para novo julgamento pelo assassinato de 17 inocentes em Osasco e Barueri em 2015.

Teve início  nesta segunda-feira (22) um novo julgamento no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) de dois dos acusados pelo assassinato de 17 pessoas em agosto de 2015 nas ruas da periferia de Osasco e Barueri.

Os acusados são Victor Cristilder, ex-cabo da Polícia Militar e Sérgio Manhanhã, guarda civil de Barueri, que retornam ao tribunal para novo julgamento vez que, os desembargadores da 7ª Câmara Criminal do TJ-SP, anularam as sentenças dos julgamentos de 2017 e 2018 e dos acusados e mandaram refazer o julgamento alegando que a decisão que foi por júri popular teria sido “manifestamente contrária às provas dos autos”.

O ex-PM Victor havia sido condenado a 119 anos, 4 meses e 4 dias em regime fechado e o GCM Sérgio a 100 anos e 10 meses, por participação na chacina, na qual um grupo de policiais em dois veículos circularam por ruas da periferia de Osasco e Barueri atirando aleatoriamente em pessoas que estavam na rua, em bares, matando 17 e ferindo outras 7. Segundo a investigação da Polícia Civil os crimes teriam como motivação a vingança pela morte dias antes de um PM e um GCM na região.

Outros dois acusados permanecem com as penas definidas e confirmadas pelos mesmos desembargadores. O ex-PM da Rota Fabrício Eleutério foi condenado a 255 anos, 7 meses e 10 dias e Thiago Heinklain da Força Tática do 42º Batalhão da PM condenado a 247 anos, 7 meses e 10 dias. O PM Victor Cristilder ainda foi acusado de ter participado dias antes de outra chacina em Carapicuiba, pelo que foi inocentado “por faltas de provas” pelo TJ-SP.

Mais uma chacina para a longa ficha corrida da PM fascista que, aliás, tem no seu histórico o monstruoso massacre, a maior chacina já vista em presídios brasileiros, no Carandiru em 1992 com o assassinato de 111 presos.

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