Nessa quarta-feira, dia 10, tem início o 57º Congresso Nacional da UNE (CONUNE) em meio a uma das maiores crises políticas que o Brasil já atravessou. O Congresso tem início com uma mesa de abertura no primeiro dia e vai até domingo, dia 14, quando sará eleita a nova diretoria da entidade.
À parte toda a estrutura burocrática montada para garantir que a UJS e as oposições de fachada se mantenham na diretoria da UNE, o congresso precisa tomar uma posição clara em relação à luta contra o governo Bolsonaro e à luta pela liberdade de Lula. Os estudantes se colocaram em vários momentos à frente da luta contra o golpe, é preciso que o congresso dê vazão a essa mobilização.
A intensa polarização política no País deveria ser o tema central do congresso, mas se depender da burocracia há décadas estabelecida na UNE, tudo deve se manter como se nada estivesse acontecendo no País. Tanto a UJS (juventude do PCdoB que comanda a UNE) como as oposições consentidas do PT, PSOL e outras correntes se jogam na disputa por cargos na entidade e fundamentalmente esquecem da luta política central que deveria orientar os estudantes em nível nacional: a derrota do golpe de Estado.
Por isso, os militantes da Aliança da Juventude Revolucionária (AJR) levarão para o CONUNE uma proposta de luta real, que organize os estudantes na luta contra o governo e pela liberdade de Lula.