O deputado estadual Sargento Neri (Avante), bolsonarista e dono de um discurso de extrema-direita, foi flagrado em um vídeo em uma reunião da Comissão de Segurança Pública e Assuntos Penitenciários, na Alesp, pedindo a extermínio de pelo menos dez negros. No mesmo vídeo, o deputado e ex policial militar aponta o que ele acha que é o motivo: para cada policial morto, a vingança seria a morte de dez ladrões. O que está implícito nesse discurso violento e fascista é a incitação ao assassinato de jovens negros e pobres.
Diante disso, a Uneafro tem protestado pela cassação do deputado e pela investigação dos crimes que ele aponta ter cometido enquanto ainda era policial e mesmo agora, enquanto deputado. A denúncia desse discurso fascista mostra a urgência de se combater a extrema-direita, eleita de maneira fraudulenta pelos golpistas nas últimas eleições e a imprescíndivel dissolução da PM, que carrega um caráter totalmente fascista, assassino e punitivista em cima da população negra e pobre.
As declarações do Sargento Neri são completamente absurdas e ele confessa sem nenhum remorso que é adepto da prática de extermínio da população negra e pobre, de mortes sumárias e que inclusive incentivava seus alunos a fazerem o mesmo. A fala do Sagento bolsonarista escancara a política genocida de Estado, incentivada principalmente pelo PSDB, que está há anos do governo de São Paulo. Somente em março desse ano, a Polícia Militar foi responsável pela morte de pelo menos 64 pessoas.
A política em relação à segurança deve ser com os negros se organizando em comitês de autodefesa para se protegerem dos massacres da PM, executados diariamente e sempre com o aval do Estado. A população deve lutar pelo direito ao armamento e, com a dissolução da polícia, uma forma democrática de organizar a segurança da população e a formação de milícias de trabalhadores articuladas em bairros e cujos membros seriam eleitos pela própria comunidade.