Não repetir 2013

Combater energicamente o esquema verde e amarelo da frente ampla

Com a volta das manifestações, a burguesia se prepara para tentar se inserir no movimento de luta

Os atos do mês de junho foram demonstrativos do aprofundamento da insatisfação popular com o governo e de um acirramento da luta política no País. Vista esta situação, a burguesia procura, nas manifestações, brechas para a sua penetração no movimento através daqueles que defendem a frente ampla. Querem evitar uma saída popular e à esquerda para a luta contra o bolsonarismo.

Uma das maneiras da burguesia se infiltrar nas manifestações é a introdução do verde e amarelo. Foi perceptível que na manifestação do dia 19 houve distribuição de bandeiras do Brasil e setores da esquerda que defendem a frente ampla, como o PCdoB e o PSOL, procuraram defender a “retomada da bandeira do Brasil”.

Era notável a campanha desses setores para “recuperar” as cores da bandeira nacional, como se o verde e amarelo não fossem as cores tradicionais da extrema-direita brasileira, que foram utilizadas em movimentos como o Fora Dilma e agora são marca registrada dos atos de apoio ao governo Bolsonaro.

Emissários do Diário Causa Operária apuraram durante o ato, um fato que mostra que todos esses fatores não é mera coincidência. Ao verificar as bandeiras que estavam sendo distribuídas e vendidas na manifestação, verificou-se que os materiais eram em sua maioria de um fornecedor em comum, uma evidência de que o verde e amarelo está sendo trazido para os atos artificialmente por meio de uma operação política.

A tentativa de inserção da burguesia nos atos utiliza o verde e amarelo como forma de mascarar a verdadeira forma dos setores direitistas que procuram penetrar no movimento, e procura ocultar o fato de que os atos são obra da esquerda, facilitando o ingresso de bandidos políticos como Ciro Gomes, Doria e partidos falidos como o PSB, que não oferecem contribuição nenhuma aos atos ou ao movimento de luta, pois além da ausência de apoio popular, esses partidos e indivíduos têm uma política direitista e até bolsonarista. Nunca é demais lembrar que esses partidos foram os responsáveis diretos pelo golpe, pela fraude que elegeu Bolsonaro e dão sustentação a esse governo no essencial de sua política anti-povo.

O uso dessa tática é uma tentativa de repetir o que ocorreu em 2013, onde o movimento de rua foi sequestrado pela direita através da bandeira do apartidarismo. É preciso denunciar essa tentativa de subverter as manifestações e deixar bem claro que não há espaço para a direita nos atos, afirmando o caráter de esquerda dos atos e repudiando a política bolsonarista de apartidarismo, que está sendo inserida no movimento como um Cavalo de Tróia pelos meios de comunicação da burguesia.

A manifestação é vermelha, ou seja, é da esquerda. A mobilização é dos partidos da esquerda, das organizações populares e dos sindicatos para derrubar Bolsonaro e todo o regime golpista.

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