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Saúde em colapso

Combate ao coronavírus da direita é uma farsa

A única coisa que os "amigos do povo" têm a oferecer é a morte e a fome.

Apesar de toda propaganda dos grandes grupos de comunicação capitalistas e contando, ainda, com uma boa colaboração por parte da esquerda, que abraçou a política de “unidade nacional”, começa cair a máscara dos supostos “amigos do povo”, governadores e prefeitos da direita e extrema-direita, que se alçaram, como “salvadores da Pátria”, à frente da campanha de combate ao coronavírus.

Um mês de epidemia foi mais do que suficiente para demonstrar  a absoluta falta de interesse político, nem contar incapacidade, de apresentar um plano que fosse pelo menos capaz de mitigar os efeitos da epidemia e o que se assiste agora é a expansão, já descontrolada, da epidemia por quase todo o País.

Desde o início a única “fórmula milagrosa” apresentada foi a do confinamento, contrariando os especialistas na pandemia e mesmo a Organização Mundial de Saúde (OMS), alertavam para a absoluta falta de efetividade da medida, quando aplicada isoladamente, que, para que realmente fosse efetiva, deveria vir acompanhada, em primeiríssimo lugar, por testes em massa – uma medida elementar para segregação dos contaminados -, pela disponibilização de materiais básicos de proteção como álcool gel, luvas e máscaras distribuídos em larga escala e ainda por uma infraestrutura hospitalar para internação em massa dos doentes.

Nada disso foi feito, apenas muito discurso, muita demagogia, muita farsa. Pouco mais de um mês de epidemia já provocou o colapso do sistema público e privado de saúde, não existem leitos, não existem ventiladores mecânicos suficientes para tratar os casos mais graves, os testes continuam sem ser aplicados e o que é pior, o vírus se expande muito rapidamente pelas periferias das cidades brasileiras, absolutamente desprovidas de saneamento básico, com dezenas de milhões de famílias morando amontoadas em cubículos.

Em meio a essa imensa hecatombe sanitária e social, a burguesia e seus governos apontam como “saída” descontar toda a crise nas costas dos trabalhadores, impondo medidas econômicas que em muito agravam as já péssimas condições de vida da imensa maioria do povo. 

Um fato que têm sido denunciado com frequência por sindicatos dos trabalhadores ligados a área da saúde é absoluta falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’S) nas unidades de saúde e hospitalares. Faltam ou tem em quantidade absolutamente insuficiente álcool gel, máscaras, luvas, toucas cirúrgicas, aventais, equipamentos de proteção facial. É comum nas unidades públicas a reutilização de máscaras e outros equipamentos, o uso de sacos de lixos em substituição aos aventais e mesmo o atendimento sem nenhuma proteção.

A sordidez dos “amigos do povo” chegou a tal ponto, que o prefeito da capital paulista, Bruno Covas, acabou de entregar nas unidades de saúde máscaras de péssima qualidade, que não protegeria nem mesmo os cidadãos comuns, quem dirá os da saúde. 

Um outro caso, esse amigo dos “amigos do povo”, o presidente fascista Jair Bolsonaro, não pagou os salários de boa parte dos profissionais da saúde residentes, que recebem  a miséria de R$ 2.800,00 por uma jornada de 60 horas semanais e já estão trabalhando a mais de 45 dias, sem nada receber. São profissionais que estão na linha de frente do combate ao coronavírus, como Enfermeiros, Médicos, Fisioterapeutas, Farmacêuticos, Nutricionistas, Psicólogos, Assistentes Sociais, Sanitaristas e diversos outros profissionais que atuam na linha de frente do SUS. Aliás, Bolsonaro nesse quesito faz escola. Uma de suas primeiras atitudes foi a de expulsar 10 mil médicos cubanos contratados ainda no governo Dilma para atender nas periferias das cidades e nos rincões do Brasil, muitos deles, até então sem nenhuma assistência médica.

Diante do quadro catastrófico da saúde pública, já há ameaças de paralisação dos profissionais da área em diversas cidades.

Uma questão central que se coloca é a unidade entre esses trabalhadores e a população em geral, mas em particular com seus setores mais organizados, sejam nos sindicatos ou nos movimentos populares para exigir dos “amigos do povo” os recursos que são necessários para atender as condições de trabalho desse setor que está na linha de frente do combate ao coronavírus – esses, sim, amigos do povo – bem como do atendimento do conjunto das necessidades de todos os explorados do País. 

Todos os estados e municípios têm condição de atender as demandas populares. Existem prédios do governo, hotéis, escolas que podem ser transformadas em hospitais. A produção de teste é uma decisão política, basta impor que os laboratórios produzam o teste. O mesmo acontece com os EPI’S, com os ventiladores mecânicos. Em nome do interesse público muitas indústrias podem ser redirecionadas e adaptadas para produzir o equipamento em larga escala.

O problema fundamental que se coloca é que isso só pode ser efetivo com a mobilização popular. Com medidas radicais e até de força, caso necessário, inclusive com o controle das empresas e laboratórios voltadas ao combate do coronavírus pelos trabalhadores e suas organizações.

 

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