Com sistema de saúde em colapso, Europa chega a 120 mil mortes
Próximo do fim. Um colapso do sistema e a necessidade do abandono do Estado mínimo, do neoliberalismo.
Só o novo coronavírus matou mais de 120.000 pessoas na Europa, com mais de três quartos dessas mortes na Itália, França, Espanha e Grã-Bretanha, de acordo com uma contagem da AFP no sábado às 1100 GMT, usando dados oficiais. Os sistemas de saúde desses países estão inteiramente colapsados.
De longe, com 120.140 mortes e 1.344.172 casos, a Europa é o continente mais atingido pela pandemia que surgiu no final do ano passado. A Itália tem mais mortes com 25.969, seguida pela Espanha com 22.902, França com 22.245 e Grã-Bretanha com 19.506.
Em colapso também se revela a dramática situação dos hospitais da Itália na crise do coronavírus. A superlotação de hospitais e Casas de Saúde faz com que médicos não tenham como atender pacientes com covid-19.
Uma situação dramática em que todos os dias, centenas de pacientes afetados por covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, lotam os hospitais ou, passa a morrer em casa.
O colapso dos sistemas de saúdes da Europa e em todo Mundo tem sido um dos principais desafios da pandemia que já resultou em milhares de mortes em todo o mundo.
A Itália sozinha já superou China em número de mortos. O rápido e exponencial crescimento de infecções na Itália expôs a fragilidade do sistema de saúde do país europeu.
Dos 5,2 mil leitos de terapia intensiva existentes no país foram rapidamente superados, pois muitos deles já estavam ocupados por pacientes com problemas respiratórios (que aumentam nos meses de inverno).
Em algumas regiões a situação é ainda pior. Um exemplo de regiões mais afetadas pelo coronavírus – Lombardia e Veneto -, onde existem apenas 1,8 mil leitos, entre públicos e privados. Ali são comuns os reclames de que médicos sofrem com cansaço intenso.
Segue-se, além disso, a escassez de respiradores, máscaras e roupas de proteção para combater a doença fez com que a Itália tivesse que solicitar ajuda internacional. Tudo isso tornou o trabalho dos médicos cada vez mais difícil. Eles se veem obrigados a tomar decisões arriscadas sob altos níveis de estresse e durante longos turnos de trabalho.
Daí os reclames do tipo: “A situação dos médicos na Itália é realmente dramática”, diz Filippo Anelli, presidente da Federação Nacional Italiana de Ordens Médicas (FNOMCeO). Anelli explica que isso se deve, em parte, à falta de equipamentos de proteção individual (EPIs), como roupas adequadas, para tratar os doentes. Portanto, se adoecem, tornam-se superpropagadores. Ou seja, podem espalhar a infecção entre os pacientes”, explica ele.
A falência mais completa do capitalismo é a mais eloquente denúncia de um regime que exauriu suas força e teima em não deixar o palco do Mundo. O capitalismo não dará lugar a outro regime espontaneamente. É preciso que as classe trabalhadora coloque essa ruína abaixo.