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Burguesia protege fascistas

Com sigilo de 5 anos, polícia tenta esconder os cadáveres

Assim como fez com a ditadura militar, burguesia quer agora encobrir também o que a polícia fez a seu mando contra o povo

Após a chacina do Jacarezinho, promovida pela Civil há algumas semanas e que terminou com 28 mortos, a própria Polícia Civil do RJ decidiu colocar sob sigilo por 5 anos as informações sobre todas as suas operações, inclusive a operação no Jacarezinho que é umas mais letais já feitas até hoje.

A iniciativa é evidentemente uma tentativa de esconder todos os arquivos e documentos referentes a essas operações durante pelo menos os próximos 5 anos. O motivo também é bastante óbvio, o que mais tem nesses documentos é sangue dos pobres e trabalhadores, vítimas da carnificina do Estado através das operações policiais.

Pelas fotos e relatos dos moradores do local é possível vislumbrar o terrorismo praticado pela Polícia Civil, desde casas e ruas banhadas de sangue, a corpos largados no chão e relatos de pessoas executadas depois de terem se entregado à polícia. Fica bastante claro que o motivo de esconderem os registros é que a operação foi uma verdadeira atrocidade e sem qualquer justificativa – como se houvesse alguma justificativa para executar 28 pessoas a tiros.

Assim como aconteceu na ditadura existe a tentativa de encobrir o que foi feito pelas forças fascistas; tanto na ditadura como a atividade policial de hoje possuem na sua atuação os métodos mais cruéis e repugnantes para atacar o povo, desde execuções até torturas de todos os tipos.

Revelar estas atividades causaria uma grande crise dos trabalhadores contra a polícia, maior do que a que já existe, uma vez que é de conhecimento de todos, sobretudo da população negra e pobre, como é o funcionamento da polícia; mas daí a isto vir a tona publicamente, com toda a atenção que está dando ao massacre seria decretar a falência das polícias que já são amplamente rejeitadas pelas massas.

É fundamental observar ainda que a operação do Jacarezinho foi obra não da Polícia Militar – que é o cão raivoso oficial da burguesia contra o povo e cuja rejeição já é bastante estabelecida, inclusive por uma importante comoção popular em torno do fim da PM – mas sim pela Polícia Civil que normalmente tem uma atuação mais interna e não atua no enfrentamento direto.

O que pôde ser visto, no entanto, pela pequena demonstração do que houve no Jacarezinho com uma das mais violentas chacinas de todos os tempos sendo promovida pela Polícia Civil, é que não há qualquer diferença entre Polícia Civil e PM, quando requerido ambas podem fazer as vezes de cães fascistas da burguesia para atacar os trabalhadores.

Isto também é crucial para entender que muito diferente do que a imprensa golpista tenta passar com informações como as de que os policiais estavam se “defendendo”, “reagindo”, ou que o que o caso do Jacarezinho seria algo isolado; não há como falar em defesa própria com 28 pessoas mortas sendo apenas 1 policial, com a população desarmada ou ainda se falar em fato isolado com a constante atividade violenta das polícias nos morros e periferias de todo o país.

O que está colocado é como a burguesia usa seu aparato repressivo para assassinar a população pobre, seja através da Polícia Militar, da Polícia Civil, da GCM ou até de seguranças particulares de supermercados. É preciso acabar com o assassinato do povo pelas mãos destes elementos.

A polícia de forma geral, serve para exatamente o contrário do que reza a lenda burguesa da polícia que protege a população; a polícia protege a classe dominante. O povo por sua vez é inimigo desta classe dominante, logo é o alvo principal das polícias, a própria história mostra que em todo o tempo de existência das polícias sua atividade foi sempre quase que integralmente para atacar e reprimir os trabalhadores enquanto presta alguns outros serviços à burguesia com por exemplo operações farsa de “combate à corrupção”.

Os trabalhadores nunca foram protegidos pelas polícias fascistas, logo não há nenhuma necessidade dentro da classe trabalhadora de que estas instituições existam, muito pelo contrário, a necessidade da classe trabalhadora assassinada em chacinas pela polícia é a dissolução de todas as polícias que servem à burguesia.

Quanto à proteção, o povo que nunca a teve pelo estado sempre encontrou seus próprios meios de proteção, inclusive para se proteger da própria polícia, como mostra a história da capoeira. É perfeitamente possível intensificar a autodefesa dentre os trabalhadores, é necessário para evitar chacinas como a do Jacarezinho que os moradores das favelas, dos bairros, os operários das fábricas, etc, formem comitês de autodefesa para enfrentarem os fascistas ao mesmo tempo em que devem exigir o armamento do povo e a dissolução de todas as polícias!

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