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Censura!

Com pretexto de “anti-extremismo”, Discord exclui 30 mil contas

Discord bane mais de 3000 usuários de sua plataforma.

Na última segunda-feira (2), a plataforma Discord, utilizada para troca de mensagens, excluiu mais de 30 mil contas e deletou mais de dois mil servidores. A desculpa da empresa é a mesma que vem sendo utilizada por boa parte das Big Techs capitalistas que vem cerceando a liberdade de expressão das pessoas: a de que as contas e servidores estariam vinculados à discursos extremistas ou violentos. Como denunciado recentemente pelo Diário Causa Operária, não são só pessoas comuns que vêm sendo vítimas deste tipo de censura.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, foi, há menos de um mês, suspenso pelo Facebook. Até mesmo o ex-presidente Donald Trump, dos EUA, sofreu cerceamento de sua liberdade de expressão por quase todas as plataformas online de uso público e generalizado. No caso do Discord, por ser majoritariamente utilizada por jogadores de jogos online, a ferramenta acabou por se tornar um certo tipo de “ponto de encontro” para essas pessoas, de forma que elas se reuniam nos servidores para discutir os mais diversos assuntos. Até mesmo para reuniões de trabalho algumas empresas optam, hoje em dia, pelo Discord. Sendo assim, no fim do ano passado o número de usuários cresceu 40% entre julho e dezembro, números que representam, mais ou menos, 140 milhões de pessoas pelo mundo.

Diz a plataforma que está tentando acabar com “discursos extremistas” como o QAnon – uma seita virtual que acredita que o governo norte-americano é controlado por pedófilos, e os Boogalo Boys – um movimento de extrema direita. Tendo isto em vista, boa parte da esquerda, em especial a esquerda pequeno-burguesa, vem aplaudindo este tipo de atitude que parte, invariavelmente, do Imperialismo e suas vontades. Chancelar esse tipo de atitude é sentar e esperar que elas aconteçam conosco – como sempre é o caso ao se tratar destes assuntos.

Os monopólios de comunicação, atualmente, exercem um extremo controle das informações que circulam pelas redes e chegam às pessoas. Dizer o que pode e o que não pode ser dito, postado ou conversado é inadmissível. Hoje usam a polarização política como desculpa para censurar as pessoas, amanhã podem, muito bem, utilizar as mesmas ferramentas à favor do Fascismo – se não é o que já estão fazendo. Por mais que possa parecer, não é a extrema direita o alvo prioritário desta política, mas sim a esquerda e os trabalhadores. O que estão fazendo é pavimentar o caminho que justificará futuras atitudes contra o povo.

Para termos alguma ideia da complexidade do assunto, a maior e mais poderosa das redes sociais, o Facebook, recentemente anunciou mecanismos que, segundo Mark Zucerkberg, evitariam a propagação de “discursos de ódio”. No caso em questão, anunciou-se que que os usuários poderão “controlar” quem comenta suas publicações públicas – aquelas que deveriam ser acessíveis a qualquer pessoa. Porém, como também já denunciado por este mesmo jornal, a tal democracia pregada pelos monopólios imperialistas nos discursos, na prática, levará – como já estamos vendo -, a uma ditadura não apenas da empresa, mas também dos políticos, das autoridades e figuras públicas. Imagine só se Jair Bolsonaro, atual presidente do Brasil, permitisse que somente seu próprio séquito de direitistas comentassem em suas publicações?

Os dados apresentados pela plataforma Discord:

Conforme artigo publicado pela Folha de São Paulo, no segundo semestre do ano passado, o Discord apagou 266.075 contas (sem considerar aqueles classificados como spam, que somaram 3,26 milhões de exclusões) e 27.410 servidores específicos. A plataforma sustentou que, a partir das denúncias, determinou providencias após confirmar as violações de suas diretrizes. Isso inclui aviso ou exclusão do servidor, banimento temporário de conta, remoção de conteúdo ou outro tipo de medida. No caso das denúncias de extremismo, 38,4% das queixas levaram à adoção de alguma dessas ações.

Segundo a plataforma Discord, o assédio foi o principal motivo de denúncias de usuários, respondendo por 37,3% do total. Na sequência, vem a categoria “crime virtual”, que correspondeu a 12% das queixas, mas que aumentou 250% em relação ao primeiro semestre do ano passado. Apesar de responder por grande parte das denúncias, a categoria assédio, na realidade, ficou em segundo lugar no número de contas excluídas e em terceiro no de servidores deletados, representando 12,6% do total em ambos os casos. Entre as contas deletadas, a exclusão por conteúdo exploratório vem em primeiro lugar e responde por 48,6% do total. Já entre os servidores, a categoria cibercrime lidera, com uma fatia de 21,4%, seguida por conteúdo exploratório, 18,6%.

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