Estudo encomendado pela LaLiga, que é responsável pelas duas primeiras divisões do Campeonato Espanhol de futebol, mostrou que os 42 times que integram a competição terão perdas que variam entre R$5,5 a 6,95 bilhões de reais (EU825 milhões a EU1,029 bilhão de euros).
O critério utilizado pela empresa de auditoria financeira foi a receita das equipes com o mercado da bola e com lucros vindos de outras fontes, como marketing, publicidade, vendas de produtos oficiais e ingressos – que estão paralisados desde o final da temporada 2019/20 e na maior parte da 2020/21.
Segundo o estudo, devido a pandemia os clubes passaram a gastar menos devido a paralisação do campeonato, economizando cerca de R$5,05 bilhões de reais (EU748 milhões de euros) nas duas últimas temporadas (2021 e 2020). O principal ponto da economia foi o mercado de transferências, dado que com a suspensão das competições os times seguraram as contratações de novos jogadores, chegando a economizar até 67%.
Nos dois cenários exibidos no estudo, as perdas vão de R$5,5 bilhões de reais (EU825 milhões de euros), onde os torcedores retornariam aos estádios no quarto final das competições e o impacto seria reduzido. Mas podem chegar a R$6,95 bilhões de reais (EU1,029 bilhão de euros) com os torcedores fora das arenas.
Ajuste fiscal e privatização da Liga
O Campeonato Espanhol é dividido entre LaLiga Santander (o equivalente a 1ª divisão) e LaLiga SmartBank (2ª divisão), competições, a julgar pelo próprio nome, completamente controladas pelos capitalistas.
Uma prova disso é que há a competição tem uma espécie de Lei de Responsabilidade Fiscal sobre os clubes, que impõe controles externos sobre os times com o pretexto de “saúde financeira”.
Essa política tem como objetivo manter o controle mais rígido possível para garantir o lucro dos capitalistas do esporte, que é uma indústria muito lucrativa e consequentemente altamente controlada por todo tipo de técnica econômico financeira.
É o que diz o próprio Javier Tebas, presidente da LaLiga:
“O que estamos tentando fazer é garantir que nossa indústria seja sustentável, não apenas nesta temporada, mas nas futuras.”