Nesta semana, a Secretaria de Orçamento Federal, ligada ao Ministério da Economia, divulgou cálculos em que os cortes no Ministério da Saúde podem ser da ordem de R$ 9,46 bilhões em 2020. Esses cortes são devido a regra do teto de gastos, que estabelece limites para o crescimento do gasto federal (aprovada durante o governo golpista de Michel Temer), e aos cortes no orçamento realizado pelo governo Bolsonaro.
O anúncio destes cortes se dá em um momento extremamente crítico para a população brasileira. A crise na saúde está se agravando desde o golpe de 2016 e tem levado a um caos no sistema público de saúde (SUS) e ao surgimento de diversas epidemias.
A população vem sofrendo com a epidemia de dengue, onde os números de pessoas infectadas e mortas cresceu exponencialmente em todos os estados do país e que em grande medida é culpa nos cortes nas medidas de combate ao mosquito Aedes aegypti e na limpeza pública.
No ano de 2018, houve uma enorme epidemia de febre amarela dentro das cidades, fato que levou grande número de pessoas a tomar vacina e não havia número suficiente de doses para a população.
Este ano o Brasil vem sofrendo com epidemia de sarampo e a falta de vacinas em postos de saúde em todos os estados. O Estado de São Paulo, que há décadas sofre com os cortes orçamentários da direita (PSDB), a Secretaria de Estado de Saúde mostra que houve aumento de 36,4% nos casos registrados, chegando a 1.319 casos.
A epidemia de sarampo revela que os cortes no orçamento nos últimos anos vêm deixando o país a mercê de doenças já erradicadas. E que a população está susceptível a outras doenças como rubéola, poliomielite e difteria, pois o combate e a prevenção se deram juntamente com o combate ao sarampo.
O governo Bolsonaro está agravando ainda mais o problema da saúde no país com os cortes no orçamento e a tentativa acabar com o Sistema Único de Saúde com a privatização. É preciso defender o sistema de saúde público e lutar contra os cortes no orçamento do governo.