Após a vitória fraudulenta do candidato do golpe Jair Bolsonaro, a imprensa golpista se esforça para convencer a classe trabalhadora que o crescimento do PIB valeria o sacrifício dos seus direitos sociais.
Economistas de nome difícil, como o ex-diretor do Banco Central Alexandre Schwartzman, defensor inconteste da burguesia, criam uma narrativa na qual as reformas, extremamente prejudiciais ao conjunto da classe trabalhadora, seriam necessárias para promover o desenvolvimento econômico do país.
A política de estado mínimo para classe trabalhadora, já desprovida de direitos básicos mínimos como saúde, educação, segurança, saneamento, moradia, etc., e estado máximo para os ricos, está sendo levada a frente de maneira brutal e impiedosa pela equipe de transição do próximo governo.
O aprofundamento da reforma trabalhista, que inclui, dentre outras aberrações, o aumento da jornada de trabalho configurando hora extra apenas o que exceder às 10 horas diárias e a aprovação da reforma da Previdência, que aumenta o tempo de contribuição e a idade mínima para aposentadoria, são apontados pelos economistas representantes da classe burguesa como a solução para os problemas econômicos do país.
A relação lógica determina que quanto mais tempo um trabalhador trabalhe, menos trabalhadores as empresas precisarão contratar. Também é lógico que quanto mais demorar para um trabalhador se aposentar, menos vagas de trabalho se abrirão. A primeira medida provocará desemprego imediato, enquanto a segunda, desemprego em longo prazo.
O aumento do desemprego provocado por essas medidas reduzirá o valor do salário e consequentemente seu poder de compra.
Deve ficar claro para a classe trabalhadora que o incremento na economia ao qual os economistas estão se referindo, significa fundamentalmente uma redução nas condições materiais das classes sociais mais pobres, incluindo amplos setores da classe média.