Em um momento de crise, as mulheres trabalhadoras são sempre as mais vulneráveis em relação à política, trabalho e questão financeira. De toda América do Sul, o Brasil é o País com maior incidência de tráfico e escravização de mulheres, segundo o Escritório das Nações Unidas para o Combate às Drogas e ao Crime (UNODC). Somente em 2018, segundo o Ministério de Direitos Humanos, tivemos pelo menos 102 ocorrências desse crime, mostrando que a crise do golpe veio para transformar a vida das mulheres numa completa degradação.
O imperialismo estadunidense é o principal causador de toda essa crise, pois se utiliza de mecanismos de dominação dos países atrasados para sustentar o modelo econômico capitalista, que, por sua vez, se alimenta da exploração do povo. Recentemente, duas mulheres Venezuelanas conseguiram escapar de um esquema de tráfico de mulheres e prostituição. Segundo elas, um comerciante brasileiro ofereceu emprego e melhores condições de vida às duas para que trabalhassem num comércio no Brasil. Entretanto, quando chegaram aqui, foram mantidas em cárcere privado e obrigadas a se prostituírem.
A crise na Venezuela, causada pelos EUA, tem feito com que as pessoas mais vulneráveis sofram as consequências da política imperialista, obrigando as mulheres a recorrerem às piores práticas para sobreviverem. Aqui no Brasil não é diferente, o golpe financiado pelos EUA tem feito com que a situação das mulheres vá de mal a pior, principalmente com a grande retirada de direitos trabalhistas e com a Reforma da Previdência, que deixa a população sem o menor amparo do Estado.
A política que Bolsonaro e o imperialismo querem aplicar aqui, leva as mulheres mais pobres a caírem nesse tipo de armadilha, sendo a região do Norte do Brasil a que mais sofre com a prática da exploração sexual e o tráfico de mulheres e ainda há casos de mulheres que foram sequestradas no meio da rua e levadas para a prostituição.
O golpe transformou o Brasil numa completa colônia de exploração e miserabilidade, e quem mais paga por isso é a população pobre, em especial as mulheres, que diariamente são vítimas da opressão e exploração. É imprescindível que as mulheres se unam contra o governo bolsonarista, contra o imperialismo e contra a retirada de direitos sociais.