O Brasil dos golpistas e dos neoliberais na economia é o país que pune e humilha os trabalhadores, que ceifa milhões de empregos, que sujeita a população à enormes filas na busca de um trabalho precário, com baixo salário e cada vez mais sem direitos.
Mesmo mudando a metodologia em 2019 para maquiar os números, o resultado do desemprego no país, segundo o IBGE, atinge cerca de 14,3 milhões de pessoas e tende a aumentar ainda mais. Assim o Brasil fica na 14ª posição de maiores taxas de desemprego no mundo. Dentre essa população desempregada, vê-se contrastes que ressaltam as desigualdades no país, a taxa de desemprego entre negros está 17,2% acima da média nacional, a das mulheres é 37% maior que o dos homens e entre os jovens, na faixa etária de 14 a 17 anos, que podem trabalhar sob condições específicas previstas em lei, os números atingem 42,7%.
O IBGE considera como desempregado apenas os trabalhadores que efetivamente procuraram emprego nos últimos 30 dias anteriores à realização da pesquisa. Além dos desempregados, o instituto também contabiliza os desalentados, que são brasileiros aptos para trabalhar, mas que desistiram temporariamente de procurar uma vaga. Estes, segundo a pesquisa, somam um total de 5,9 milhões de pessoas.
Os fatores atuais, que as fontes oficiais utilizam para justificar as altas taxas de desemprego e sua projeção de piora em 2021, são o agravamento da Pandemia de Coronavirus e o aumento das preocupações em torno da saúde das contas públicas e do Orçamento 2021, o que tem elevado incertezas sobre o ritmo de recuperação da economia após o tombo histórico de 4,1% do PIB (Produto Interno Bruto) no ano passado.
O FMI projeta um crescimento de 3,7% para a economia brasileira em 2021, enquanto para o mercado financeiro uma alta de 3,17% do PIB, ambos os cenários estão abaixo da média global (6%). Os números positivos de recuperação do emprego formal nos últimos meses também não se demonstram consistentes, os economistas acreditam que apenas no segundo semestre é que o mercado de trabalho deverá apresentar um cenário mais realista.
Apesar da pandemia ser utilizada na justificativa, vale destacar que a máquina de ceifar empregos no país é incessante desde o golpe de estado contra Dilma Rousseff em 2016. Naquele ano o número de desempregados no país saltou de 11,76 milhões para 13,23 milhões, o que representa um aumento de 12,5%. É mais ou menos o dobro do número de desempregados de 2014, quando o país havia atingido o menor número da série histórica iniciada em 2012, com 6,7 milhões de desempregados.
A destruição da indústria nacional é outro projeto neoliberalista de longa data e que mira apenas em tolher mais empregos para fomentar ainda mais as filas de desempregados. Situação que foi agravada desde o início do processo do golpe de estado no Brasil em 2014, quando, segundo Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), cerca de 17 fábricas passaram a ser fechada todos os dias desde então.
Denuncia-se com esses dados, que a crise no Brasil segue desenfreadamente ladeira abaixo, a qual não pode ser associada à Pandemia da Covid-19, mas aos descasos de uma política genocida praticada pelo presidente ilegítimo, bem como, pelos governadores e prefeitos que estão jogando à própria sorte grande parte da população trabalhadora do País. É preciso organizar o povo para lutar nas ruas por seus empregos e pela garantia de sua condições de vida para não morrer de fome ou de dorença. Fora Bolsonaro e todos os golpitas genocidas!