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População largada a sorte

Com fome, doentes, sem renda e sem auxílio

Após a aprovação da verdadeira esmola de R$ 600 para os trabalhadores, os problemas começaram, e no mínimo 32 milhões de trabalhadores devem ficar sem renda alguma durante a crise.

Os trabalhadores brasileiros diante da crise se encontram completamente desamparados pelo Estado. Após a aprovação da verdadeira esmola de R$ 600 para os trabalhadores os problemas apenas começaram, e dos 100 milhões de brasileiros que estão na pobreza ou precisam do auxílio no mínimo 32 milhões devem ficar sem receber o benefício, segundo dados de pesquisadores ligados a Universidade de São Paulo.

Os problemas para se conseguir receber o auxílio são diversos, pois existem os trabalhadores que tem vínculo formal com o trabalho e podem perder renda, mas não irão se enquadrar nas exigências de renda do auxílio e nem ao seguro desemprego, o que representa 26 milhões de trabalhadores, além daqueles que não se enquadram dentro das leis específicas do benefício como o limite de apenas dois beneficiários por domicílio. Mas o problema ainda não para por aí, existem também os 7,4 milhões de trabalhadores que simplesmente não tem acesso a internet (a solicitação e o pagamento são feitos por aplicativo de celular) e ainda os 64 milhões de usuários da rede com a renda dentro do limite para o programa que não tem o hábito de fazer transações financeiras pelo celular ou não sabem baixar e utilizar os aplicativos. Os primeiros percalços já começam apenas para solicitar o auxílio, ainda existem os problemas da burocracia para que o pedido seja aprovado. Trabalhadores relatam todos os dias a demora na análise dos dados, outros em que os dados utilizados pelo governo para a análise são antigos e colocam o trabalhador com vínculo empregatício e o mesmo não se encontra mais trabalhando, além daqueles que o governo alegou dados inconclusivos, entre outros problemas nos aplicativos para prejudicar e negar o benefício (que já é mínimo) aos trabalhadores.

Os dados apresentados pelos pesquisadores ainda podem ser muito maiores, afinal a população que necessita do benefício sempre foi esquecida pelo governo e era completamente invisível, então não existem dados concretos sobre a situação dos brasileiros que necessitam de amparo do Estado, além da situação incerta que a crise demonstra, pois não sabemos ao certo quantos trabalhadores serão realmente atingidos, mas as projeções não são animadoras.

Os trabalhadores se encontram a própria sorte para sobreviverem à pandemia e a crise. Enquanto o governo entrega nas mãos dos banqueiros e da grande burguesia montantes de dinheiro que ultrapassam a casa dos trilhões, o trabalhador encontra sérias dificuldades para se obter o mínimo do mínimo, que é o valor de R$600. Fala-se tanto em quarentena e que as pessoas evitem aglomerações e fiquem em suas casas, mas nas últimas semanas o que vimos foram milhões de trabalhadores em aglomerações e filas quilométricas por horas em frente às agências da Caixa Econômica Federal, na busca de conseguirem o auxílio, enfrentando sol forte, chuva, cansaço, uma verdadeira humilhação e ainda correndo o risco de se infectar com Coronavírus justamente porque o governo é incompetente e não tem interesse em realmente auxiliar o povo brasileiro.

Sem renda, sem auxílio, o trabalhador brasileiro mergulha em um abismo onde a pobreza, a fome, a desigualdade e o desemprego são cada vez mais gritantes, e além dos problemas econômicos o brasileiro se depara com o sistema de saúde pública a cada dia que passa mais perto do colapso total, ou seja, os trabalhadores estão expostos a morrerem de fome e também de doenças, pois não são apenas os pacientes de Coronavírus que correm o risco de ficarem sem atendimento, quando o colapso chegar todos aqueles que precisarem dos hospitais poderão ficar somente na espera. Não há leitos, não há testes para sabermos a real dimensão da pandemia, não há equipamentos de proteção para os profissionais de saúde e nas regiões mais pobres a população não consegue nem mesmo o mínimo como saneamento básico, água potável e produtos de higiene para se proteger do vírus desconhecido que já fez mais de 10 mil vítimas fatais no Brasil, enquanto o presidente fascista fala em “histeria”.

O momento é de união e luta dos trabalhadores. O povo brasileiro deve se organizar para a derrubada do governo fascista e para exigir que a população consiga ter condições reais de passarem pela crise, o trabalhador não deve aceitar que seu dinheiro seja colocado nas mãos dos grandes capitalistas e banqueiros enquanto o resto da população sofre as conseqüências de políticas burguesas que só beneficiam seus interesses e colocam a grande massa de trabalhadores em condições completamente desumanas. Somente a organização popular e a luta dos trabalhadores por um governo operário trará condições necessárias para que os trabalhadores possam vencer a crise, a luta dos trabalhadores é acima de tudo uma luta pela sua sobrevivência.

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