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Com denúncia da escravidão, brasileiro vence prêmio mundial de história em quadrinhos

O quadrinista brasileiro Marcelo D’Salete recebeu o prêmio de Eisner 2018 na categoria “melhor edição americana de material estrangeiro” pela história Cumbe – traduzido para o inglês como “Run for it”. O Eisner Award é o mais importante prêmio do segmento de quadrinhos. Com gráficos impressionantes deste artista nascido e criado na Zona Leste paulistana, a história retrata a luta de resistência dos escravos contra a opressão carniceira do regime escravagista.

Tal enredo dialóga bastante com o levante racista que vem tomando conta de certas regiões dos Estados Unidos, materializado em gigantescas manifestações populares contra o genocídio negro praticado por forças policiais. No Brasil, o tema é igualmente relevante, já que a atuação da polícia é ainda mais assombrosa – sobretudo com o ação fascistóide do PSDB em São Paulo e Paraná, além da intervenção militar deflagrada contra o Rio de Janeiro. O Brasil sofre ainda com a legitimação de políticas abertamente escravocratas, como a diminuição de trabalho análogo à escravidão no campo, o fim da legislação trabalhista e a “licença para matar” defendida por figuras como o candidato Bolsonaro.

Em entrevista à Pública (Agência de Jornalismo Investigativo), Marcelo contou que sua própria experiência de vida, como negro oriundo da periferia, serviu de inspiração para a criação de Cumbe, além de relavar seu encontro pessoal com a luta e as manifestações do povo negro.

As artes, como sempre, cumprem um papel de fundamental importância na denúncia das injustiças sociais acentuadas pelo golpe de Estado. Neste contexto, um trabalho brasileiro com projeção internacional, que serve para expor tristes peculiaridades nacionais, refletindo-as nas contradições de outros países, é de enorme importância. Como disse o cartunista na entrevista: “um prêmio como esse para esse tipo de narrativa, dentro de um contexto político tenebroso que temos hoje, em que a gente tem um terreno político difícil, com fantasmas antigos que voltam e estão disputando votos, com discurso extremamente reacionário, misógino, racista, sexista, mas que, apesar desse momento de crise, os grupos mais progressistas também podem se reinventar.”

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