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Sem renda

Com crise e sem auxílio, inadimplência atinge novo público

Na impossibilidade de comprar comida, pagar aluguel e contas básicas como água e luz, cada vez mais trabalhadores afundam-se em dívidas

O auxílio emergencial deixou de ser pago no final do ano e talvez recomece agora. O valor de 600 reais caiu para 250 reais em média neste ano. Com isso o sistema de crédito começa a sentir os atrasos entre 15 e 90 dias aumentando, nas prestações dos empréstimos. E as renegociações feitas no ano passado apresentaram redução de pagamentos entre 20% e 30%, comparada com o trimestre de outubro a dezembro.

Os atrasos tiveram início a partir da diminuição do valor do auxílio, dos 600 reais para 300 reais. Com o valor ainda menor neste ano, a inadimplência tende a aumentar, e já são visíveis os sinais.

As causas destacadas pela imprensa golpista no Estadão foram que no ano passado o valor destinado ao auxílio teve a cifra de 300 bilhões de reais, e garantiu o fechamento de renegociações das dívidas, ainda com postergação pelos bancos de até 180 dias até a cobrança dos pagamentos. E ainda que a taxa de juros estava no piso histórico.

O novo auxílio emergencial tem destinação de recursos estimada em 44 bilhões de reais e com redução do número de beneficiados. Enquanto que os juros básicos voltaram a subir, com tendência a continuar.

A inflação e o desemprego em alta dificultam novas renegociações. Os dados da Serasa Experian informam que no primeiro bimestre do ano mais de 61 milhões de brasileiros estavam inadimplentes.

Em 2020 foram renegociados pelos bancos quase 147 bilhões de dívidas inadimplentes. Desses, mais da metade com pequenas empresas e consumidores. E a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) informa que este ano mudará os critérios para renegociação, ficando mais focados em relação a empresas, setores e famílias.

Ainda que a intensificação da pandemia deverá piorar o quadro de inadimplência no segundo semestre.

O quadro descrito pela imprensa revela a continuidade da degradação social vivida no país. Os que conseguiram manter o equilíbrio das contas no ano passado com a pandemia dão sinais que não conseguirão manter-se assim neste ano, e possivelmente nos próximos também.

Tudo começou com a crise na economia iniciada em 2008 e que a pandemia agravou muito mais. O governo, a partir do golpe de Estado, não adotou nenhuma política de incentivos para amenizar os efeitos dela sobre os níveis de produção e de emprego. Ao contrário, adotou a política de vender o patrimônio estatal, com privatizações a preço de banana e destruição de direitos sociais, com o objetivo de continuar a pagar os empréstimos e juros da dívida com os bancos.

A consequência deste sucateamento da economia, com falências de pequenas empresas, desemprego em níveis históricos de cerca de metade da população e falta de políticas de combate à pandemia – que bate recordes diários de mortes e infectados. A política da burguesia, neste cenário, onde não há como a crise ser revertida, é a de jogar a conta para a população, que na impossibilidade de comprar comida, pagar aluguel e contas básicas como água e luz, afunda-se cada vez mais em dívidas.

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