Da redação – A média mensal de violência contra a mulher subiu 24% em um ano. Em 2018, 7.634 mulheres foram vítimas de violência, mais do que os 6.139 casos registrados em 2017.
Esses dados fazem parte do balanço divulgado pelo Ministério dos Direitos Humanos, hoje Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.
O cenário se agrava quando se tratam de outros problemas como ameaça, violência doméstica e intolerância religiosa. A violência moral, quando se calunia, difama ou injúria a reputação da mulher aumentou 114%. A violência patrimonial, quando há ato de violência que implique dano, perda, subtração ou destruição de patrimônio ou documentação da vítima aumentou 25%.
Podemos constatar que esse incremento da violência contra a mulher está relacionado diretamente com a ascensão da extrema-direita. Esse fato foi elucidado quando houve os ataques de bolsonaristas contra as mulheres e outros grupos sociais durante a campanha eleitoral do ano passado. Podemos citar ainda que com a chegada de Bolsonaro no poder houve o maior ataque às mulheres com a nomeação de Damares Alves, uma mulher aloprada, no ministério das mulheres e dos direitos humanos, justamente para atacar as mulheres e os direitos humanos.
Todos esses fatos demonstram a necessidade das mulheres se unirem em coletivos de autodefesa. Não se combate o fascismo e a violência contra a mulher com atos de bondade ou resignação. É necessário juntar-se e lutar contra o bolsonarismo e pela real emancipação das mulheres, que só será concretizada em aliança com a classe operária em uma revolução social.