Após o corte de mais de 18% no orçamento de custeio das universidades federais, realizado pelos golpistas, a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) afirmou que o corte irá inviabilizar o ensino superior em 2021.
Contabilizando os cortes realizados nas universidades por Bolsonaro, chegamos a 25% de redução nas verbas universitárias desde 2019.
No decorrer da discussão realizada na Proposta de Legislação Orçamentária Anual na Comissão Mista de Orçamento (PLOA), que envolve vários deputados e senadores neoliberais, inseriram-se novos cortes que totalizam R$121.817.870. Somado à redução de R $1 bilhão que já constava na PLOA, contabiliza-se ao todo R$1,1 bilhão a menos na área da educação somente no ensino superior.
Segundo os reitores, os cortes podem dificultar o funcionamento das 69 universidades federais que existem no país.
“Nossa capacidade de ajuste sem comprometer o funcionamento já foi ultrapassada há muito tempo. Teremos que suspender atividades”, afirmou o reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Marcus David.
“Queria discutir o planejamento de retorno com 20% a mais de orçamento, não menos. Nós concordamos que precisamos de aumento no orçamento”, afirma a reitora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Os golpistas vem realizando vários cortes em áreas essenciais para o bem-estar da população, porém atacam somente o setor público dessa área. A educação pública não escapou e vem sendo dizimada desde o golpe de estado que depôs Dilma. As medidas impostas contra a educação ocorreram para sucatear o setor público e facilitar o caminho para privatizá-lo.
É um aprofundamento da política neoliberal imposta no Brasil, a de privatização da saúde e da educação e a destruição dos direitos fundamentais da classe trabalhadora, tudo isso para beneficiar os banqueiros que capitalizam a educação através das escolas particulares.
O próprio atual modelo de ensino, o Ensino à Distância (EaD), é um exemplo claro disso. O método do EaD, ao contrário do que afirmam os golpistas, é uma péssima alternativa de ensino. A sua única serventia demonstrada até agora foi a de enxugar os custos das instituições de ensino, demitindo professores, funcionários, cortando custos da merenda escolar e sucateando o ensino público.
Além dos elementos negativos para os que trabalham para essas instituições, os alunos também sofrem com o EaD, contando que muitos deles, frequentaores das universidades e escolas públicas, sequer têm algum aparelho eletrônico ou internet.
Agora, os políticos golpistas realizam mais um ataque aos estudantes, professores e funcionários, em que mais de 1 bilhão de reais é retirado do ensino público superior e colocado no bolso de alguns capitalistas. O Governo Federal, ao fazer isso, se utiliza da população e a explora para pagar a crise causada pelos próprios golpistas.