O governo bolsonarista de Ibaneis Rocha Barros Junior (MDB) no Distrito Federal anunciou nesta semana uma sérIe de ações “para inglês ver” quanto ao assédio e importunação sexual nos ônibus da capital federal. Frente a milhares de denúncias neste ano de violência contra as mulheres nos ônibus do DF, o governo defensor dos capitalistas anunciou através da secretaria da mulher e de transportes e Mobilidade do DF (Semob) e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) supostas medidas de caráter educativo contra “comportamentos inadequados”, como toques ou “encoxadas” em mulheres.
O anuncio de suposta defesa das mulheres foi dado pela secretária da Mulher do DF, a direitista Ericka Filippelli, que destacou inúmeros casos de violência cometidos contra as mulheres dentro do transporte público no entanto, a saída demagógica e mentirosa apresentada por ela e que a educação através de propagandas e de vídeos espalhados em alguns terminais será a estratégia de prevenção e combate ao assédio sexual. Nada mais mentiroso e falso vindo do governo que mais implementou escolas militares no país. No Distrito Federal a política de Educação que Ibaneis quer implementar é a política do “Sim senhor!” dos colégios militares, no mesmo caminho com tal educação e repressão através da Polícia Civil Masculina da capital federal, neste âmbito a única educação que o governo fascista de Ibaneis pode impor as mulheres é também, a política machista do “Sim senhor!”
Toda essa manobra do governo Ibaneis Rocha é na prática manter a mesma situação social das mulheres e manter os cofres dos capitalistas dos transportes cheios. Pois as milhares de mulheres do DF continuarão a pegar ônibus lotados e nesta situação continuarão alvo de machistas no transporte coletivo.
A única solução para as mulheres, assim como para a classe trabalhadora de conjunto no DF é a ampliação radical da oferta de ônibus na capital do país, para acabar com a superlotação, garantir conforto, assim como garantir melhores condições sanitárias frente à pandemia e dignidade aos trabalhadores candangos.
No entanto, a luta por garantir essas condições só será atingida pela mobilização das organizações de mulheres do DF, juntamente com as organizações da classe trabalhadora, sindicatos, CUT (Central Única dos Trabalhadores) num amplo movimento para defender o transporte como direito social e não fonte de lucros milionários para meia dúzia de poderosos capitalistas. Nessa luta também será fundamental a mobilização por Fora Bolsonaro e todos os golpistas, como é o fascista da capital federal Ibaneis Rocha.