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Privatização da Eletrobrás

Com Bolsonaro ou com o centrão, a pauta econômica é a mesma

O próximo secretário do tesouro, a ser indicado pelo centrão, estará comprometido com a mesma política econômica ou então "não dura sequer um dia", garante o demissionário Mansueto

Com Bolsonaro ou com o centrão, a pauta econômica é a mesma, é o que garante Mansueto Almeida, economista chefe da Secretaria do Tesouro Nacional, ora demissionário, para ceder o posto a algum nome do centrão.

Em entrevista nesta segunda-feira, 15 de junho, para o jornal Globo, o secretário demissionário categoricamente afirma que o fiador do ajuste fiscal não é ele, mas Paulo Guedes, e, principalmente a constituição do Brasil, a parte da constituição que foi mudada, introduzindo o “teto de gastos”.

Mais importante que o secretário do Tesouro é o “teto dos gastos”, deixando sua convicção de que, se o novo secretário, (a ser indicado pelo centrão) seguirá na mesma toada do compromisso do ajuste fiscal, dos cortes de gastos sociais, corte de direitos, privatização ampla e geral, ou não durará no cargo nem um dia, enfatiza.

O secretário demissionário, sai para dar lugar a algum indicado pelo centrão, na nova postura de Bolsonaro, da velha política do “toma lá dá cá”. e com isto, o ilegítimo presidente, garantirá o seu cargo. Bolsonaro dá o cargo de Secretário do Tesouro Nacional ao centrão, e, em troca o centrão não vota o impeachment de Bolsonaro, e não se fala mais nisso. No entanto, na entrevista ao jornal do golpe no Rio de Janeiro, Mansueto diz que está a deixar o cargo, que gosta muito, porque “estaria cansado”.

O economista está no cargo de Secretário do Tesouro desde 2018, mas está nos governos do golpe desde 2016, primeiro com Temer, e continua desde o início do governo Bolsonaro.

Como se sabe, na iminência de algum dos quase cinqüenta pedidos de impeachment do presidente Jair Bolsonaro ser aceito, e ser dado início ao impeachment do ilegítimo presidente, em drástica guinada, em um cavalo de pau, o ilegítimo presidente mandou às favas antiga postura demagógica de que teria vindo para ser o presidente que acabaria com a “velha política” do “toma lá, dá cá”.

Bolsonaro escancarou a porteira, e está a entregar tudo o que o centrão exigir. E algo pelo centrão exigido, é o cargo de Secretário do Tesouro Nacional.

Seja qual for o titular, como pouco interessava qual era o titular antigo pós-golpe, são todos do mesmo time. São todos do time que deu o golpe na Dilma, e removeu o PT do governo. O time que assumiu, no imediato após golpe os ataques à economia nacional, com a nomeação do ora demissionário secretário do Tesouro, Mansueto Almeida.

Não se mexe em time que está ganhando.

O time da burguesia que deu o golpe só ganha. Ganhou com a mudança na constituição com a aprovação da emenda na constituição, devidamente nominada como a “PEC do fim do mundo”, a Emenda Constitucional 95 que congela por 20 anos os gastos públicos do Brasil, especialmente os gastos com saúde, com educação, com a previdência social. E nesse time de técnicos, já estava entre os técnicos Mansueto Almeida.

Nesse time que está ganhando, nos cargos políticos já se encontravam juntos e misturados, o Bolsonaro e o centrão. Aliás, à época, Bolsonaro fazia parte do centrão. Somente do centrão, Bolsonaro se desligou, por não ser ele, Bolsonaro, o nome preferido para o presidente da república ser. Divergências entre Bolsonaro e centrão, à rigor, é somente quem deve ser o presidente de plantão. Na pauta econômica, Bolsonaro e o centrão, não divergem em nada. Daí a declaração de Mansueto Almeida, de que na pauta econômica não muda nada, ou então o próximo titular da pauta não dura no cargo sequer um dia.

O time que elegeu Bolsonaro como o novo presidente do golpe, por não ter conseguido viabilizar outro nome de sua conveniência, mesmo a contra-gosto, resignou-se a aceitar Bolsonaro.

Agora, na iminência de ser desalojado do cargo de presidente, Bolsonaro se viu impelido a entregar tudo ao o que o centrão, exige. Exige dentre tantos cargos o centrão, o cargo de Mansueto, o cargo de Secretário do Tesouro Nacional. Em troca da política do “toma lá” o cargo de Secretário do Tesouro, o centrão “dá cá, ao Bolsonaro, a não votação do impeachment do presidente Bolsonaro.

Mas naquilo que é fundamental para a burguesia que deu o golpe, o secretário de Tesouro que sai, e o secretário do Tesouro do centrão que entra, são todos do mesmo time, e a pauta econômica continua a mesma. O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, afirma que a sua saída do cargo, não muda a política de ajuste fiscal do governo federal.

Ajuste nos estados

A gente vai precisar construir o plano de reequilíbrio financeiro dos estados. A gente vai ter que resolver também o Regime de Recuperação Fiscal. Eu vou ajudar, finalizou o demissionário secretário. Em reunião com os secretários de Fazenda dos estados, na quinta-feira, Mansueto se disse impressionado. Há uma convergência muito grande nesse cenário. Como se vê, com Bolsonaro, com Mansueto Almeida ou outro nome do centrão, o golpe naquilo que é fundamental continua. Vem aí, mais arrocho, agora nos estados, vem privatização ampla, geral, irrestrita, do Banco do Brasil, da Caixa, da Petrobrás, da Eletrobras. O céu no desmanche do estado é o limite.

É a barganha de Bolsonaro com o centrão, que pediu o cargo de Mansueto em troca de votar favorável na privatização da Eletrobras, e de não votar o impeachment do ilegítimo presidente. O golpe naquilo que é fundamenta continua. Fora Bolsonaro e todos os golpistas do centrão também.

Em tempo: no momento que finalizava a presente matéria, jornal Globo, noticiava que o novo secretário do Tesouro Nacional, seria Bruno Funchal, que, em 10/12/2018, secretário do estado do Espírito Santo em manchete declarava “o teto de gastos será mantido”. 

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