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Burguesia nacional mostra cara

Com a crise, empresários abrem o esgoto e revelam seu asco pelo povo

Empresários mostram "a cara" e declararam não se importarem com a morte de milhares de trabalhadores.

A crise de saúde pública ocasionada pela pandemia do coronavírus (Covid-19) somada à crise econômica está atingindo duramente os trabalhadores brasileiros. Forçados pelo governo e pelos empresários a continuarem trabalhando, estão sendo expostos à contaminação e expondo também suas famílias. Entretanto, apesar de receberem especial atenção do governo Bolsonaro, são os patrões que estão desesperados com as perdas econômicas e começaram atacar os trabalhadores, mostrando a verdadeira face da burguesia nacional.

O proprietário da rede varejista Havan, Luciano Hang, divulgou em suas redes sociais ameaçando seus trabalhadores dizendo que: “…se perder o emprego, pode demorar de cinco a dez anos para conseguir um novo. Para mim, Luciano, é muito simples”. Dizendo ainda que poderia fechar todas as lojas, mandar seus 22 mil funcionários para rua e ir para a praia com dinheiro no bolso.

Já, para Júnior Durski, dono da rede de restaurantes Madero afirmou em vídeo que “o país não aguenta, não pode parar dessa maneira. As pessoas têm que produzir e trabalhar. Não podemos parar por conta de cinco ou sete mil pessoas que vão morrer. Isso é grave, mas as consequências que vamos ter economicamente no futuro vão ser muito maiores do que as pessoas que vão morrer agora com o coronavírus”. A declaração mostra que o empresário vê como algo secundário a morte de milhares de pessoas, sendo prioritário os seus interesses econômicos.

Alexandre Guerra, dono da rede de restaurantes Giraffas, ameaçou os trabalhadores declarando: “você que é funcionário, que talvez esteja em casa numa boa, numa tranquilidade, curtindo um pouco esse home office, esse descanso forçado, você já se deu conta que, ao invés de estar com medo de pegar esse vírus, você deveria também estar com medo de perder o emprego”. Sendo que para a maioria dos trabalhadores não existe esse “home office” e precisam sair de casa, ir trabalhar porque precisam ter algum rendimento diariamente.

Já entre os banqueiros, setor que mais lucra com a exploração dos trabalhadores no país, se pronunciou o presidente do Santander, Sergio Rial, se mostrando insatisfeito com os bancários que foram realocados para o teletrabalho, mesmo em número pequeno, por serem do grupo de risco, disparou: “dentro desse contexto, discutiu-se o cuidado necessário que cada um deve ter com absenteísmo, dadas as diferentes e compreensíveis reações humanas”. Em suas palavras o presidente ameaça com desemprego e joga o risco e a responsabilidade de enfrentar a crise econômica e de saúde inteiramente para o trabalhador, ou seja, se o trabalhador seguir as orientações do Ministério da Saúde e for trabalhar em casa, pode perder o emprego.

Além dessas, a que teve mais repercussão foi a do empresário e apresentador de TV, Roberto Justus. Em áudio enviado a outro apresentador de TV, Marcos Mion, soltou verdadeiras “pérolas” como: “…o total de mortos até agora no mundo foram de 12 mil até agora, isso é absolutamente nada, sendo 220 mil infectados”. E ainda: “se pegarmos os anticorpos, seria bom, aí acabaria isso de uma vez” e por fim completa: “…você tá preocupado com os pobres, você vai ver a vida devastada da humanidade na hora do colapso econômico, da recessão mundial, dos pobres não ter o que comer, se as empresas fecharem, não dá para comparar com um viruszinho, que é uma gripezinha leve para 90% das pessoas”. As declarações de Justus mostram o quanto ele valoriza a vida das pessoas, pois se 10% das pessoas infectadas no mundo morressem – com números de 24/03 que são 417 mil infectados – seriam 41.700 mortos. Entretanto, parece que para o empresário esse número seria “nada”.

Estas declarações mostram a verdadeira face da burguesia brasileira, que tem verdadeiro asco do povo, quer ver os trabalhadores completamente esfolados e jogados em uma vala qualquer após produzir o máximo de capital. É importante ainda destacar que essas não são opiniões isoladas de alguns empresários, são, na verdade, o real pensamento da burguesia nacional.

São estes empresários, todos apoiadores e parceiros do presidente ilegítimo Jair Bolsonaro, que motivaram por exemplo a edição da MP 927 cheia de ataques aos trabalhadores, que dizem ser homens de negócios, empreendedores, homens de bem, preocupados com o futuro do país. É mais que óbvio que esse tipo de gente só tem uma preocupação, o seu patrimônio.

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