Os rodoviários, não só no caso do DF, mas a nível nacional, é uma das categorias que mais vem sofrendo com a crise da pandemia do coronavírus.
Quando a questão não diz respeito à redução salarial, aumento da carga horária, demissão, os trabalhadores rodoviários estão sendo penalizados, pelos patrões e seus representantes nos governos, com o contágio e morte pelo Covid-19.
Dados divulgados pelo Sindicatos dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Terrestre do DF (Sittraer-DF) dão conta do que a categoria está passando em tempos de pandemia que já conta com 6 mortos e 27 casos de contaminação. Com esses números, os condutores e trocadores de coletivos correspondem a 8% dos óbitos de toda a Capital Federal.
Para os funcionários das empresas, o que vem favorecendo a propagação do vírus na categoria é a superlotação no veículos. Uma funcionária relata que, mesmo utilizando os equipamentos de segurança foi contaminada e, a solução seria encerrar as atividades do transporte público. “O contágio para rodoviário é muito maior. Eu fico encabulada com o tanto de gente no ônibus” (Metrópoles 21/05/2020)
Os números de infectados nos rodoviários não deixa dúvida que as políticas de segurança adotadas pelas empresas são absolutamente insuficientes, as medidas de isolamento social na cidade é para apenas uma parcela da população, quando a maioria dos trabalhadores são obrigados a trabalhar e, logicamente, obrigados a utilizarem o transporte público super lotados, com o risco de contágio pelo coronavírus, como vem acontecendo na categoria dos rodoviários.
Mesmo com a manutenção da frota de veículos da cidade, no momento da pandemia, não é suficiente para conter o contágio. É preciso ampliar o número de veículos em circulação, com o número de passageiros adequando para que seja respeitado o distanciamento social e a necessidade da higienização dos ônibus em todos os pontos finais, de cada trajeto, são algumas medidas que deveriam ser implementadas imediatamente, dentre outras.
Para isso não adianta apenas adotar medidas de envio de ofícios para as empresas ou mesmo ao governo golpista/direitista Ibaneis.
As organizações dos trabalhadores rodoviários devem organizar uma mobilização, imediata, no sentido da paralisação de toda a categoria para que sejam atendidas todas as reivindicações da categoria, única forma de evitar mais mortes e contaminações, não só dos trabalhadores, mas de toda a população usuária dos transporte coletivos.