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Oportunismo político

Com 470 mil mortos nas costas, Bolsonaro tenta manobrar situação

Com os erros e contradições da esquerda a reboque das pautas da direita, Bolsonaro pode recuperar popularidade.

Mesmo com 470 mil mortes nas costas, após desacreditar a gravidade da pandemia, não proporcionar um isolamento social para toda a população, humilhar a mesma negando auxílio emergencial, só autorizando o pífio pagamento para fazer demagogia, o presidente fascista Jair Bolsonaro (sem partido), que nem competência teve para segurar um partido, tenta manobrar sua situação política diante dos erros da esquerda, que permanece a reboque das pautas e políticas da direita. Esta direita, em última hora, pode vir a apoiar novamente o fascista-mor desse país se não surgir nenhuma alternativa como terceira via.

Nessa semana, os Ministros Marcelo Queiroga, da Saúde, e Paulo Guedes, da Economia, disseram que o Brasil terá toda sua população vacinada até o final do ano, feito este que, se for concretizado, pode aumentar a popularidade de Bolsonaro, em queda significativa sobretudo agora com a volta do povo às ruas. O Governo, que desde o ano passado não quis comprar vacina, desacreditou por completo delas, impediu a aquisição pelos estados da vacina russa e agora, diante da pressão popular pelo imunizante, pode fazer a propaganda de que seu governo vacina, sim, a população brasileira.

Se a economia melhorar em números, com previsão de crescimento de 3,5%, embora na prática o problema é bem maior, ele também poderá se aproveitar da situação e melhorar sua popularidade para as eleições de 2022. Os dados não dizem nada diante da gravidade que é a entrega de nossas principais empresas ao capital internacional. Estão sob entrega a Petrobrás, a Eletrobras, os Correios e os bancos, todos superavitários que poderão ser vendidos por bagatela, assim como fora feito nos governos de FHC, maior traidor da nação que posa agora ao lado de Lula para prejudicar o petista e passar a ideia à população que de fato Bolsonaro é antissistema, mas no fundo Bolsonaro, FHC e a direita dita civilizada estão todos do mesmo lado, o lado do mercado financeiro e dos grandes capitalistas parasitas.

Nas últimas eleições americanas, Bolsonaro se declarou apoiador de Donald Trump contra Biden, mas hoje já o apoia em tudo que vem do império americano, para quem sempre bateu continência, agindo contra seu próprio país.

A esquerda pequeno-burguesa, sem seguir uma política única e coerente, age cegamente contra Bolsonaro, mas nessa prática cai em várias contradições que só favorecem o presidente e toda a direita brasileira. Recentemente, após a Colômbia e Argentina desistirem de sediar a Copa América devido ao avanço dos casos de coronavírus, Jair Bolsonaro aproveitou a oportunidade para apoiar a realização do torneio continental aqui no Brasil. Mesmo apoiando a volta às aulas, a volta do campeonato brasileiro, da Libertadores da América e vários campeonatos estaduais, a Rede Globo e parte da esquerda pequeno burguesa saíram, contraditoriamente, condenando a realização da copa aqui no Brasil. Bolsonaro sairá mais uma vez favorecido com essa situação, pois passará a imagem de que luta contra todos e utilizará esse escape para tirar a atenção dos problemas de fato graves que vem ocorrendo no seu governo: intensificação do Estado policial, falta de vacinas, auxílio emergencial digno e para todos, ataque à educação, à ciência e habitação, falta de emprego, de leitos de UTI, enfim, muitos problemas. A realização da Copa América, um torneio popular, que será realizado sem público como os demais campeonatos vigentes no país e no mundo, não irá desagradar o povo, que já está se contaminando no trabalho e transportes lotados, sem vacina e auxílio emergencial. Bolsonaro se aproveitará da ilusória melhora da economia, se postará como apoiador do povo ao ser contra o lockdown restritos à classe trabalhadora, enfim, mesmo sendo um inimigo do povo, apoiador das políticas neoliberais e entreguistas do sistema, pode recuperar sua popularidade. A direita, que hoje diz combatê-lo, pode se desgarrar da esquerda pequeno burguesa nessa política de combate ao fascismo e se juntar ao próprio na pessoa do presidente.

Para combater Bolsonaro é preciso ter uma politica definida, sem a interferência da direita, com uma mobilização popular constante até a queda desse governo. O povo mostrou que estava sentindo falta das ruas para lutar. Diante das investidas de Bolsonaro e da direita, é preciso tomar as ruas e expulsar os oportunistas, colocando o povo, os partidos e associações de esquerda como as lideranças do movimento.

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