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Confundir para manipular

O mito do empreendedorismo afunda com o capitalismo

O mito do empreendedorismo afunda com o capitalismo

Um papel diário da imprensa brasileira é o de manipular, desdizer no dia seguinte o que deu como matéria no dia anterior, omitir, enfim, estabelecer uma “verdade” que visa encobrir a realidade do País. Isso ocorre, sem exceção, em todo o campo de atuação da imprensa. Aqui, vou me referir às manipulações grosseiras que dizem respeito à crise econômica e seus efeitos sobre o desemprego e o crescimento da economia informal no país.

Em 21 de março de 2019, a revista Exame publicou a seguinte matéria: “Taxa de empreendedorismo no Brasil chega a 38%” . No seu conteúdo, informa que em “torno de 52 milhões de brasileiros possuem um negócio próprio”. A matéria exalta os números como sinônimo do espírito empresarial do brasileiro, superior inclusive ao dos Estados Unidos, que tem uma taxa de 20%.

A mesma revista Exame, agora do dia 22 de agosto de 2019, na matéria “Quais são as consequências do trabalho informal no país?”, afirma que “A crise e a economia criaram uma legião de trabalhadores sem carteira assinada. Apesar de ser uma oportunidade, a informalidade pode trazer prejuízos”. A revista admite o aumento da informalidade, mas diminui de 52 para 40 milhões o números de trabalhadores nesse mercado. Na matéria não faltou conselho de consultor financeiro de como economizar para fazer frente a futuras dificuldades que possam vir.

Temos, também, o sítio G1, que assim como a quase totalidade da imprensa nacional deu destaque a queda do desemprego no país, de acordo com os dados do IBGE, divulgados no último dia 30: “Desemprego cai para 11,8% em julho, mas ainda atinge 12,6 milhões”. Depois de afirmar através de piruetas que o país atingiu o maior patamar de pessoas ocupadas no país desde 2012, quando o IBGE, iniciou esse tipo de levantamento,  admite a diminuição dos desempregados está vinculada ao aumento da informalidade, que corresponderia, considerado a economia informal e os subempregos, a cerca de 32 milhões de pessoas.

Na aparente contra-mão do exemplos apontado até o momento, o sítio Valor Econômico do dia 21 de agosto divulgou matéria com pesquisa do IDados, sob o título “42% dos ‘conta própria’ recebem menos de um mínimo por mês”, mas que corresponderia a 10 milhões de pessoas e não aos 32 milhões divulgado pelo G1, ou os 40 ou 52 milhões divulgados pela revista Exame.

Essa é uma pequena amostra de como as informações são desencontradas. Na matéria do sítio Valor, é apontado o dado de que dentro do universo da economia informal, cerca de 3,6 milhões recebem até 300 reais por mês.

Obviamente que, diante da deterioração a olhos vistos, das condições de vida da população, a imprensa sempre procura dar uma no cravo e outra na ferradura, mas sempre com o propósito de encobrir, de subvalorizar a realidade tal como ela é. Hoje se divulga que aumentou a informalidade. Amanhã, a informação será a de que aumentou o número de trabalhadores com carteira assinada.

Quando a imprensa mistura então a geleia das informações econômicas, com geleia das informações políticas e assim sucessivamente até chegarmos nas novelas da Globo, o mundo acaba sendo apresentado não como um pequeno barco de pescador em alto mar sob uma grande tempestade – a realidade do capitalismo absolutamente decomposto -, mas, no máximo, como um transatlântico que atravessa uma chuva de verão.

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