A morte do cacique Emyra Wajãpi no Amapá e a invasão por garimpeiros da Terra Indígena obteve uma repercussão internacional e demonstrou a necessidade de derrubar o governo Bolsonaro, pois toda essa violência é resultado de sua política de ataques aos indígenas e a luta pela terra.
O assassinato do indígena se somou a um aumento exponencial da violência contra os movimentos de luta pela terra. Foram inúmeros despejos violentos, invasões de terras indígenas, fogo em aldeias e assentamentos, ameaças de morte, prisões de lideranças e assassinatos.
Toda essa violência está sendo estimulada e financiada pelo governo Bolsonaro e a direita para retirar os direitos de trabalhadores sem-terra e indígenas. O governo golpista dá o sinal para suas milícias formadas de pistoleiros e pessoas que tem interesse no esmagamento da luta pela terra para terem acesso a minérios, madeiras e terras que hoje estão nas mãos de comunidades tradicionais e trabalhadores sem-terra.
Bolsonaro já é inimigo declarado desses setores da população explorada e vem tomando medidas como a abertura das terras indígenas para a exploração mineral para garimpeiros e grandes mineradoras. Inclusive segundo o próprio Bolsonaro a indicação de seu filho para a embaixada do Brasil nos EUA seria para facilitar e atrair mineradoras norte-americanas para a exploração de terras indígenas.
Também está colocando em marcha um plano de privatização dos assentamentos rurais oriundos da reforma agrária e corte de todas as políticas e recursos destinados aos trabalhadores beneficiados.
Instiga constantemente elementos de direita contra os sem-terra e indígenas dizendo que são “vagabundos”, querem vender a terra, muita terra para pouca gente, e por aí vai. As declarações com os ataques aos direitos estão provocando uma enorme onda de violência no campo só visto no período da ditadura militar.
Há inúmeros projetos de lei para atacar a luta pela terra, como por exemplo que considera ocupações de terra como ato terrorista e classifica movimentos sociais como organizações terroristas.
Por isso, não há uma maneira de conviver pacificamente com Bolsonaro e muito menos aguardar até 2022 para derrotá-lo nas próximas eleições presidenciais. Até lá, a violência no campo poderá atingir níveis muito maiores que os atuais e as organizações dos trabalhadores e indígenas estarem esmagadas pela ditadura bolsonarista. A única maneira de barrar essa ofensiva da direita no campo é derrubar o governo Bolsonaro e todos os golpistas.