Enquanto parte considerável da esquerda está preocupada com as eleições de 2020, já preparando seus candidatos, fazendo promessas e discursos, a direita fascista avança violentamente contra o povo.
O último caso foi o da aldeia indígena de Waiãpi, que foi atacada, no último final de semana, por jagunços armados do latifúndio, tendo como resultado a morte de dois indígenas e a fuga de toda uma comunidade para uma aldeia vizinha.
Neste diário Causa Operária já foi alertado do perigo que representava o avanço da extrema direita e a eleição de Jair Bolsonaro, que daria carta branca para os fascistas se armarem, no campo e na cidade, contra a população pobre, trabalhadores, indígenas, quilombolas, etc.
Este é o governo do latifúndio, dos empresários, dos que nunca gostaram do povo negro, do pobre, dos índios. Bolsonaro na presidência é a brecha que extrema direita queria para colocar em prática seus planos para acabar de vez com os direitos do povo, na bala.
O discurso parlamentar não vai resolver absolutamente nenhum dos problemas do povo oprimido pela direita. O caso Waiãpi revela que é preciso tomar medidas imediatas contra os ataques promovidos pelo latifúndio.
Da mesma forma que o negro nas favelas e periferias do Brasil, para o índio e o quilombola está colocada a necessidade de criação de grupos de autodefesa, para poder reagir à altura contra as agressões do latifúndio, que se organiza e se arma a cada dia que passa, para arrancar dos trabalhadores suas terras, à força.
A direita nunca entendeu outra linguagem que não seja a força. Não adianta argumentar, não adianta toda a parafernália parlamentar, todo o espetáculo demagógico promovido pelos deputados da esquerda. É preciso agir, se organizar e impor duras derrotas aos jagunços dos golpistas no campo.
Os golpistas estão instigando e financiando os grupos de extrema direita, no campo e na cidade. Enquanto o governo de Bolsonaro não cair, eles aproveitam para levar adiante seus planos de dizimar o povo.
A autodefesa é uma necessidade democrática como resultado do atual estágio do regime golpista. É preciso se defender, reagir à altura, para evitar que a direita avance ainda mais contra a população, contra o povo trabalhador. Essa é a única resistência possível contra a direita golpista.