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Os trabalhadores sem-terra precisam reagir

Na última semana ocorreram alguns fatos que mostram o avanço da direita e do latifúndio contra os trabalhadores sem-terra, em especial contra o MST. Na quinta-feira (18/07), um bolsonarista jogou sua picape L200 contra um grupo de manifestantes do MST que realizavam um protesto pacífico e de distribuição de alimentos produzidos no acampamento Marielle Vive na cidade de Valinhos, São Paulo.

O trabalhador sem-terra Luís Ferreira da Costa, de 72 anos, foi assassinato por Leo Luiz Ribeiro, admirador de Bolsonaro conforme divulgado por ele nas redes sociais, que jogou sua picape e passou por cima da cabeça do agricultor. Vale ressaltar que as famílias não ofereceram nenhuma ameaça aos carros que estavam parados em decorrência do protesto e, ainda, o bolsonarista após atropelar os agricultores saiu de sua picape e apontou a arma para os manifestantes causando ainda mais ameaças e terror.

No mesmo dia, pistoleiros fortemente armados invadiram o acampamento Bela Vista, no município de Rio Pardo de Minas, Norte do Estado de Minas Gerais, ameaçando as famílias e atearam fogo em todos os barracos e pertences de mais de 30 famílias que viviam há dois anos na fazenda Santa Bárbara. Os pistoleiros gritavam “vamos matar todo mundo”.

A violência ocorreu em uma área pública, cujo a própria justiça golpista reconheceu que as terras são do Estado e recusou a reintegração de posse exigida pela empresa Gerdau dado a falta de documentação do latifúndio. Mesmo assim, a direita usou de métodos não institucionais para atacar as famílias.

Dias antes (11/07), as 80 famílias sem-terra do acampamento Mãe Terra, no município de Boa Vista do Tupim, Bahia, que ali vivem há 8 anos foram despejadas de forma violenta tendo toda a sua produção e moradias destruídas por mais de 20 pistoleiros contratados por latifundiários da região e realizam o despejo.

Juntamente com esses fatos, o general bolsonarista que preside o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), João Carlos Jesus Corrêa, nomeou para a superintendência regional do Incra no Pará o Coronel da Polícia Militar Neil Duarte, pertencente a grupos de policiais que atuam em chacinas no Estado, conhecidos como Esquadrões da Morte, cuja a participação foi comprovada em 1994.

O Coronel fascista vai coordenar os trabalhos referentes à questão agrária no Estado que mais mata trabalhadores sem-terra no Brasil desde que os dados começaram a ser coletados na década de 1980.

Essas ações revelam que o ambiente político estimulado pelo fascista Jair Bolsonaro permite que a direita se sinta à vontade para realizar qualquer tipo de ação violenta contra os trabalhadores sem-terra, e em alguns casos, como a nomeação de um representantes de milícias formadas por PM para matar trabalhadores nos bairros pobres, mostra que não vão recuar nem um milímetro nessa ofensiva.

A falta de reação dos movimentos de esquerda está permitindo esse avanço violento, pois a direita está creditando a redução drástica das ocupações de terra nessa política fascista de violência contra os sem-terra. Os trabalhadores não podem confiar nas instituições do Estado, como a polícia, judiciário, que estão atuando ao lado dos pistoleiros contratados pelos latifundiários.

Os trabalhadores do campo têm o direito de reagir com violência a esse tipo de manifestação da extrema direita. Nesse momento, somente uma reação à altura pode parar essa ofensiva violenta da direita e do governo Bolsonaro. A uma determinada ação da direita, os trabalhadores sem-terra, sindicatos, partidos políticos tem que ter uma reação proporcional para colocar um basta nessa situação e derrotar o governo Bolsonaro.

O direito democrático fundamental de se defender e ao armamento deve ser uma reivindicação prioritária dos trabalhadores.

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