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Extrema direita

A “santa aliança” contra os índios

O incentivo de Bolsonaro a evangelização dos indígenas está ligada ao enfraquecimento do seu movimento de luta e à entrega de suas terras aos latifundiários.

Recentemente, o fascista Jair Bolsonaro com apoio do golpista ministro da justiça Sérgio Moro e do presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), o delegado da Polícia Federal Marcelo Augusto Xavier da Silva, indicaram o missionário evangélico Ricardo Lopes Dias para chefiar a Coordenação Geral de Índios Isolados e de Recente Contato (CGIIRC).

Ricardo Lopes Dias foi missionário na Missão Novas Tribos do Brasil (MNTB) por mais de dez anos e atuou em diversos estados do país. Uma característica que chama a atenção e reforça o que vamos discutir neste artigo é que a MNTB tem sua origem nos EUA e que atua e promove a evangelização de indígenas brasileiros desde os anos 1950.

Todos sabem que uma das principais bases de apoio a Bolsonaro são os evangélicos e que em suas visitas aos EUA teve encontros com diversos pastores e lideranças evangélicas com muito poder nos EUA e financiadas para entrar nos países latino-americanos, deixando evidente que essas igrejas não passam de fachada a intervenção do imperialismo norte-americano nestes países.

Assim como nos EUA, no Brasil a cúpula das igrejas evangélicas estão dominadas por elementos da extrema direita que apoiaram e fizeram campanha Bolsonaro. Silas Malafaia, Edir Macedo, Valdomiro Santiago e tantos outros, contam com apoio de parlamentares, no estilo de Magno Malta, Eduardo Cunha e cada um com a “sua” igreja avança sobre o movimento de trabalhadores e, neste caso, dentro das terras indígenas.

Na Bolívia fica ainda mais claro, pois o golpe dado no indígena Evo Morales, Jeanine Añez é uma evangélica fervorosa e, juntamente com Luis Fernando Camacho, outro golpista articulador do golpe com a polícia boliviana, afirmou que “vamos tirar o Pachamama (Mãe Terra em referência aos indígenas) de lugares públicos e vamos impor a Bíblia”.

A evangelização dentro dos territórios indígenas não tem um objetivo diferente.

A indicação de elementos missionários na Funai e outros ministérios e secretarias de apoio aos indígenas vem num momento em que os povos indígenas sofrem os maiores ataques da direita. Há projetos de abertura de terras indígenas para o agronegócio e a mineração, devolução de 17 processos de demarcação de terras indígenas realizadas pelo golpista Moro, e em resposta a essa política uma enorme resistência dos povos indígenas.

Não é por acaso que há relatos de diversos conflitos entre indígenas evangélicos e não evangélicos em áreas de conflito com latifundiários, como no caso do Mato Grosso do Sul, e de outras regiões.

Por isso o governo Bolsonaro, que é um capachos dos EUA e quer acabar com as terras indígenas, está incentivando a entrada de evangélicos dentro das terras indígenas com o intuito de gerar conflitos entre os indígenas, dividir a comunidade e enfraquecer a luta contra a política em favor dos latifundiários e mineradoras internacionais colocada em prática pela direita no governo.

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