Unir a esquerda no Réveillon vermelho pela liberdade de Lula

No final de 2018, a esquerda está colocada diante de um dilema que consumiu boa parte de sua atividade, ao longo dos últimos anos, antes, durante e depois do golpe de Estado que levou à derrubada da presidenta Dilma Rousseff, em 2016 e que – depois de um processo fraudulento – mantém o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como preso político, com o que se impôs a ilegal cassação de sua candidatura presidencial (apoiada pela maioria do eleitorado) e assegurou, ainda que em meio a uma crise no interior da burguesia, a eleição ilegítima da chapa militar Bolsonaro e Mourão para a chefia do executivo, a partir de janeiro de 2019.

Por um lado, um setor dessa esquerda pequeno burguesa que – de fato – não lutou contra o golpe de Estado e que buscou sempre, das mais variadas formas, um entendimento com os golpistas, que defendeu que Lula se entregasse (quando não o delatou e a outros dirigentes petistas e defendeu a “autocrítica” diante dos ataques da direita), que pressionou pelo abandono da candidatura de Lula (lançando outros candidatos, flertando com golpistas, fazendo campanha pelo “plano B” etc.) e que defende – na realidade – abandonar “Lula aos leões” , torcer e colaborar para o “sucesso” do governo fraudulento da direita e até adotar parte fundamental de sua política como a “reforma administrativa” do governador petista Rui Costa ou o plano de repressão unificada dos governos estaduais entregue por outro petista, o governador Welington Dias (PT-PI), ao indicado para futuro ministro da Justiça e carrasco de Lula, Sérgio Moro etc. Essa esquerda aprofunda sua política de integração e colaboração com o regime golpista.

De outro lado, em oposição à esta perspectiva de derrotas, e expressando revolta crescente de amplos atingidos pelos ataques dos governos golpistas, a serviço do imperialismo em crise, desenvolve-se em nosso País e em várias partes do mundo, uma tendência de reação contra o chamado neoliberalismo e seus governos golpistas.

Setores da esquerda aqui no Brasil – destacadamente os organizados em comitês de luta contra o golpe, pela anulação do impeachment, por Lula Livre etc. – expressam cada vez mais a compreensão da necessidade de retornar a mobilização contra os golpistas.

No próprio PT, setores mais próximos do ex-presidente e do movimento operário, expressam essa tenência à mobilização. O próprio Lula destacou em recente Carta a necessidade de “voltar às ruas”, da mesma forma que a ex-presidenta Dilma, assinalou em entrevista que “não basta a luta institucional“.

Essa perspectiva de luta ganha força e se mostra como a única alternativa real para enfrentar a direita, no único terreno em que ela pode ser derrotada, por meio da organização dos explorados, de forma independente da burguesia golpista e da mobilização nas ruas.

Nestas condições, o PCO, que em cada etapa dessa luta assinalou que o único caminho capaz de derrotar o golpe e a
ofensiva da direita contra o povo brasileiro é o da mobilização nas ruas, juntamente com os Comitê de Luta Contra o Golpe e buscando atuar em unidade com os setores do PT e com outras alas da esquerda que defendem a mobilização, decidiu impulsionar a realização de um “réveillon vermelho” em Curitiba, no próximo dia 31, para se solidarizar com o ex-presidente Lula, preso politico da ditadura que vigora no País e que a direita quer aprofundar e também – e principalmente – para impulsionar uma perspectiva de luta e de independência dos golpistas desde as primeiras horas do ano de 2019.

Decidimos, pela urgência da situação, suspender a tradicional festa de réveillon que realizamos em São Paulo há 15 anos, que vinha sendo em 5 estados nos últimos anos e que nesse ano chegaria a outras 10 capitais, pelo menos, para nos marcharmos a Curitiba, de todas as regiões do País.

Trata-se de impulsionar uma perspectiva de luta em um momento decisivo, tendo como ponto de partida e de unificação a luta pela liberdade de Lula e de todos os presos políticos, juntamente com
o combate contra o governo ilegítimo de Bolsonaro
e seus ataques: Fora Bolsonaro e todos os golpistas!
Vamos juntos a Curitiba, realizar um grande réveillon vermelho. Entrar 2019 com os braços esquerdos erguidos. Brindar à nossa luta e à disposição de milhões de libertar Lula e derrotar os inimigos do povo brasileiro.

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