Se o governo surgido da fraude eleitoral conseguir impor ao País as ideias apregoadas pelo ministro da Educação, indicado por Bolsonaro nesta semana, será preciso queimar todos os livros em uso no País e desautorizar toda a história ensinada nas Escolas e Universidades. Um retrocesso, sem precedentes.
O indicado pelo presidente ilegítimo, Ricardo Vélez Rodríguez, considera que o golpe militar 1964 “foi essencial para a abertura democrática do Brasil”. Em seu blog, o indicado pelo arqui-reacionário Olavo de Carvalho, escreveu que o 31 de março de 1964 “é uma data para lembrar e comemorar”.
Apresentado como suposto “especializado no pensamento liberal”, atuou também por mais tempo em outra “fábrica de diploma”, a Universidade Gama Filho (1983-2002) e se afirma ainda que, “na década de 1980, foi professor colaborador da Escola de Comando e Estado Maior do Exército Brasileiro”. Entre 2003 e 2005, o Exército lhe concedeu o título de professor emérito e a Medalha do Pacificador, condecoração dada a quem prestou serviços à instituição.
Vélez foi indicado, depois que a “bancada da bíblia”, integrada por pastores e outros elementos reacionários ligados às mais reacionárias igrejas evangélicas, vetou o nome Mozart Neves Ramos, ex-reitor da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) e diretor do Instituto Ayrton Sena, defensor do ensino privado e das “parcerias” desse com o Estado, a fim de abocanhar os recursos públicos do setor.
A indicação do colombiano reafirma a disposição do governo e da extrema direita de impor a ditadura nas escolas, a censura e a perseguição aos professores e estudantes para fazer valer a Escola com fascismo.
Trata-se de atacar um dos setores mais progressistas do País, não só para destruir o ensino público e reprimir educadores e estudantes que podem ter um papel importante na luta contra as posições reacionárias do governo e contra seus ataques contra o povo, mas também tentar impor uma situação de repressão contra o conjunto do povo trabalhador, através do controle reacionário sobre escolas e universidades.
Tudo isso para servir aos interesses dos grandes capitalistas estrangeiros e “nacionais” que deram o golpe de estado que derrubou a presidenta Dilma Rousseff, da mesma forma que patrocinaram o golpe militar, elogiado pelo “filósofo” e fraudaram as eleições para empossar um governo rejeitado pela maioria da população que leve adiante a política desejada pelos “donos do golpe”, destacadamente, o imperialismo norte-americano.
A indicação de Vélez, reforça a necessidade de uma ampla mobilização, em todo o País, contra a ofensiva que a direita vem realizando contra os professores, por meio de ataques de setores minoritários contra os docentes e toda a liberdade de expressão no interior das unidades escolares.
É preciso seguir o exemplo dos ativistas e dirigentes que se reuniram nessa quinta (dia 22), na Faculdade de Direito da USP, no Largo de São Francisco quando, após debatermos a situação, deliberamos pela criação do Comitê de Luta em defesa dos professores e contra os ataques da direita, reunindo as principais entidades dos trabalhadores da Educação no Estado, como a APEOESP, SINPEEM, Sinpro’s, entidades docentes da USP, Unicamp e Uneso, Educadores em Luta/PCO e outras organizações defensoras do ensino público e dos trabalhadores da Educação.
Mobilizar já, para enfrentar e barrar a ofensiva da direita nas escolas, por meio da mobilização de todos os setores da comunidade escolar. E unir essa mobilização com a luta pelo Fora Bolsanaro e todos os golpistas e pela liberdade de Lula e de todos os golpistas, como parte da necessária defesa dos direitos democráticos de todo o povo e da luta contra a ofensiva contra todo o povo explorado.