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Jacarezinho

O bandido é um revoltado

O cidadão apresentado pela imprensa burguesa como traficante, bandido, marginal e outros adjetivos deve ser defendido pela esquerda

Uma das coisas que foram ditas pela direita brasileira, sobre a Chacina do Jacarezinho (RJ), foi que a ação foi destinada aos “bandidos”, e que todos os que morreram eram “bandidos”, e que, por isso, precisam morrer.

Em primeiro lugar, mesmo se fossem bandidos, o que não eram, no Brasil ainda existem algumas leis que determinam que qualquer suspeito precisa de um processo, de contraditório, ampla defesa, provas, etc. Ninguém pode ser preso do nada.

E, claro, na país não existe pena de morte. Por pior que seja o criminoso, no Brasil, ao contrário dos Estados Unidos, não existe pena de morte. Ou seja, o Estado não pode executar ninguém, em nenhuma hipótese.

Por outro lado, a esquerda se confunde com o argumento do “esse é criminoso”. E é preciso dizer uma coisa muito claramente. O criminoso é uma pessoa como qualquer outra, como eu ou qualquer outro, e que pelas circunstâncias foi jogado no mundo do crime.

Fome, desemprego, falta de Educação e Saúde… falta de moradia, enfim, existem dezenas de fatores que podem fazer qualquer pessoa comum entrar para a vida do crime, é normal que isso aconteça. E como essas desgraças em sua maioria atingem a classe trabalhadora, o povo negro e pobre, são esses que entram para a criminalidade, como é dito pela imprensa.

Claro, o rico é um criminoso por natureza, mas ocorre que a burguesia controla todo o sistema, e os crimes dos burgueses ficam sem qualquer punição. É um sistema de classe, controlado pelos ricos, para massacrar os pobres. O golpe de Estado, por exemplo. Um verdadeiro crime contra toda a população. As privatizações, etc. Enfim, como controlam o sistema penal, a burguesia não vai para a cadeia, uma sucursal do inferno.

A situação de desagregação social leva a pessoa a tomar alguma atitude, não tem jeito. Chama atenção que não são maiores os índices de violência no país em razão da situação que o povo vive. Se formos ver, o que tem de crime é pouco, na verdade.

O cidadão, em determinada altura, faz as contas. É melhor tomar medidas fora da lei, já que o Estado todo funciona fora da lei com ele. O sistema atua com violência contra ele e a reação natural é violenta, natural. É absurdo culpar um jovem negro pobre de qualquer crime que ele cometa… o sistema não oferece nenhuma alternativa.

É de se pensar que seria melhor organizar essa violência na luta política, mas não dá para esperar muito da esquerda brasileira, que é muito frágil e, no último período adotou a política do “fica em casa”, política que é, ela mesma, responsável pela situação do povo, dos mortos pela pandemia, dos mortos pela polícia. 

O cidadão se revolta, e vira “bandido”. 

Resolve tomar alguma medida imediata, sem outras alternativas apresentadas, vai para o crime. Todo mundo sabe que a cadeia é cheia de trabalhador e seus filhos. A direita gosta disso porque ela não gosta do povo pobre, por isso a alegria dela com a chacina do Jacarezinho. 

O cidadão apresentado pela imprensa burguesa como traficante, bandido, marginal e outros adjetivos deve ser defendidos pela esquerda. Em primeiro lugar porque ninguém sabe se a pessoa é criminosa, nunca é provado. Em segundo, se for verdade, é uma pessoa que apenas se revoltou com o sistema, algo natural diante da situação que o povo vive.

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