Enquanto a CUT, a imensa maioria dos sindicatos, os grandes movimentos de luta dos explorados do campo (como o MST) e da cidade (CMP, MTST etc.), as organizações estudantis (como a UNE e UBES) e os partidos de esquerda convocam o País a parar no dia 14 de junho, apresentando – em sua maioria – como eixo, quase exclusivo, a luta contra o roubo da Previdência, disfarçado de “reforma”; governadores de todo o País, incluindo os que foram eleitos por partidos de esquerda assinaram nos últimos dias cartas apoiando a famigerada “reforma”que o governo ilegítimo de Jair Bolsonaro quer impor à toda a classe trabalhadora, no que seria a maior expropriação dos trabalhadores de nossa história.
Na tarde de quinta-feira, (dia 6), a assessoria do governador do DF, Ibaneis Rocha, coordenador nacional do Fórum de governadores, divulgou nota afirmando que 25 governadores, teriam aderido ao documento em que se posicionam – de fato – à favor da reforma e apoiam a manutenção de servidores de estados, Distrito Federal e municípios na proposta elaborada pelo ministro Paulo Guedes, o “tchutchuca dos banqueiros”. Segundo foi divulgado, os únicos governadores que não teriam assinado a carta foram Rui Costa (PT), da Bahia, e Flávio Dino (PCdoB), do Maranhão. Horas depois, os governadores Wellington Dias (PT), do Piauí, e Fátima Bezerra (PT), do Rio Grande do Norte, afirmaram que que também não assinaram.
Na noite do mesmo dia, estes dois últimos governadores petistas e os demais seis governadores nordestinos divulgaram, por meio do governador da Bahia, Rui Costa (PT), outra carta conjunta assinada a respeito do projeto da reforma da Previdência, em que “reconhecem a necessidade das reformas da previdência, tributária, política, e também da revisão do pacto federativo.“
Os governadores Renan Filho (MDB-AL), Rui Costa (PT-AL), Camilo Santana (PT_CE), Flávio DIno (PCdoB-MA), João Azedo (PSB-PB), Paulo Câmara (PSB-PE) Wellington Dias (PT-PI), Fátima Bezerra (PT-RN) e Belivaldo Chagas (PSD-SE), todos eleitos com o apoio de Lula e do PT, assinaram documento no qual apontam que sobre o gigantesco roubo da Previdência com o qual o governo quer assaltar a classe trabalhadora para cobrir um suposto déficit gerado pelo desvio de recursos da Previdência por parte dos grandes capitalistas que devem mais de R$ 500 bilhões à Previdência, deixar sem aposentadoria dezenas de milhões de trabalhadores, trabalhando até a morte, aumentar os descontos de milhões de trabalhadores e entregar esses bilionários recursos para os banqueiros eles têm apenas “divergências em pontos específicos a serem revistos“, e citam entre eles apenas, “os casos do Benefício de Prestação Continuada e da aposentadoria dos trabalhadores rurais que, especialmente no Nordeste, precisam de maior atenção e proteção do setor público”, além de considerarem como “pontos controversos”, “a desconstitucionalização da previdência, que acarretará em muitas incertezas para o trabalhador” e o “e o sistema de capitalização”.
da esquerda, agora , se pronunciam claramente a favor da “reforma” da Previdência, à qual fazem apenas ressalvas, várias delas também criticadas pelos reacionários membros do centrão e outros políticos da direita, mas que – no essencial – mantém a expropriação dos trabalhadores em favor dos grandes capitalistas.
Em comum todos os governadores “argumentam que aprovar uma regra local, no estado, dificulta a uniformidade para o território nacional e é um obstáculo para a efetivação de normas”. Isso porque além da mobilização nacional em curso, contra a “reforma” teriam que enfrentar a reação do funcionalismo e dos seus poderosos sindicatos em cada um dos seus Estados.
Ao defender tal “isonomia”, com a inclusão de todos no roubo proposto pelo governo ilegítimo de Bolsonaro, os governadores estão propondo ampliar a expropriação uma vez que “a reforma da Previdência prevê economia de R$ 350 bilhões em 10 anos para os estados — segundo estimativas do Ministério da Economia — se os servidores estaduais forem incluídos nas regras de aposentadoria previstas no texto” (G1, 07/06/2019).
Cartaz do PT de Março de 2019