Por todo o País, já são dezenas de professores vítimas do coronavírus e da falta de medidas dos governos capitalistas para combater a pandemia.
Em São Paulo, o professor de Língua Portuguesa e Língua Inglesa, José Ferreira da Cruz, 59 anos, aposentado de um cargo de Diadema, foi a primeira morte anunciada entre os professores da rede estadual. Dias depois, veio o anúncio da morte da professora Sandra Sampaio Oliveira de 50 anos que trabalhava na Escola Estadual Estela Borges Morato, no Itaim Paulista.
No Rio Grande do Norte, o professor Luiz Di Souza será, que lecionava, há mais 20 anos, Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN), foi um dos primeiros a falecer pela covid-19.
A professora municipal Rafaela da Silva de Jesus, 28, de Itaju do Colônia, cidade do sul da Bahia, morreu sete dias após o nascimento da sua filha, Alice, sendo a sétima vítima fatal da Covid-19 no estado da Bahia, segunda no interior do estado.
Em todo o País multiplicam-se os casos de professores doentes.
Como milhares de pessoas em todo o País, são vítimas da total falta de uma política real de combate ao vírus, incluindo a demora em adotar medidas como a suspensão das aulas em vários Estados, a despeito do que foi alertado pelos educadores e suas entidades. Apesar da crise internacional, o governo federal e estaduais, com apoio da imprensa golpista realizaram a campanha de que não havia maiores riscos, mantiveram as aulas o quanto puderam e, depois da suspensão e do isolamento parcial (boa parte da população não tem condições de se manter isolada), nada foi feito em larga escala para garantir o atendimento e a proteção da população.
Não há testes em massa; não há distribuição gratuita de equipamentos de proteção e produtos de higiene, não há sequer condições de atendimento para a maioria do povo e quando doentes, a única orientação dada é “fique em casa”. Ao mesmo tempo intensificou-se a política de assédio e pressão sobre os professores para que realizem atividades de EaD (Ensino à Distância), sem as mínimas condições garantidas para isso, apenas para que os governos e as instituições de ensino aparentem que estão sendo tomadas medidas para dar continuidade ao processo de ensino-aprendizagem.
Os professores e um número cada vez maior de pessoas são vítimas da política genocida burguesia e dos seus governos inimigos do povo que destróem a a Educação, a Saúde e tudo mais que serve à população.
Para, de fato, combater a pandemia da Covid-19 é necessário combater todos os golpistas, de Bolsonaro e dos governos estaduais, que estão conduzindo o País a um genocídio.
É preciso se opor à política demagógica e assistencialista e sem qualquer eficácia de setores da burocracia (como a diretoria do Sinpro-DF) que está cedendo as sedes de suas instalações para o governo estadual, ao invés de buscar organizar a luta da categoria contra o governo reacionário de Ibaneis Rocha (MDB) inimigo público da Educação e da Saúde públicas e exigir, junto com a CUT e outras entidades que o governo disponibilize os prédios da burguesia, como hotéis e outros, para atender a quem precisa.
Contra a politica de fechamento dos sindicatos e abandono dos educadores e de todos os trabalhadores à própria sorte, é preciso reabrir as entidades, convocar os fóruns de organização da categoria e exigir da CUT a convocação de uma Plenária Nacional dos sindicatos e demais entidades de luta dos trabalhadores, partidos de esquerda etc. para deliberar uma politica própria dos trabalhadores contra todos os governos da direita que querem levar o povo brasileiro a um genocídio, enquanto financiam os bancos e grandes capitalistas e colocar em marcha uma campanha de massas pelo Fora Bolsonaro e todos os golpistas.