Um exemplo a ser seguido e multiplicado. Uma conduta que se contrapõe pelo vértice à paralisia e à politica capitulado da maioria da esquerda diante das crise e do governo genocida de Bolsonaro.
Frente à explosão da crise que ameaça provocar a morte de centenas de milhares de pessoas em todo o País e da política genocida dos governos da direita e da burguesia diante da situação (eles só pensam em lucrar com a desgraça do povo), os Comitês de Luta e o PCO expandiram no último fim de semana, os tradicionais mutirões, desta feita nos bairros populares, com o objetivo de mobilizar a população pelo Fora Bolsonaro e na defesa das reivindicações populares diante da pandemia do coronavírus que ameaça matar centenas de milhares de pessoas em todo o País.
Trata-se da única iniciativa, organizada pela esquerda, no momento em que os trabalhadores estão sendo deixados totalmente à própria sorte pela política do governo fascista de Jair Bolsonaro e seus ministros, que junto com os governadores reacionários, adotam medidas parciais e totalmente insuficientes, isso quando não atacam diretamente a população, como no caso das demissões de merendeiras, em São Paulo, do corte do passe livre para os estudantes no Rio de Janeiro.
Nessas condições, sob a orientação da esquerda burguesa e pequeno burguesa (que acompanha e capitula diante da direita), a burocracia sindical fecha a maioria dos sindicatos e aplaude as falsas soluções da direita golpista.
Contra essa política, no domingo (29), foram realizadas atividades, com militantes indo de casa em casa, em dezenas de localidades, principalmente nas capitais de todas as regiões do País, mas também cidades do interior, como forma de esclarecer população e fortalecer a organização dos trabalhadores na luta contra a direita, com a formação de Conselhos Populares de Saúde.
Estes conselhos têm como intuito gerar um esquema de organização própria dos trabalhadores contra o coronavírus; a política dos golpistas é justamente tirar do povo para dar aos capitalistas, como Bolsonaro fez ao anunciar trilhões para os bancos e nenhuma medida efetiva – apenas esmolas – para ajudar os trabalhadores que estão sendo afetados pela crise.
A juventude esteve na linha de frente dessa atividade, na qual ficou evidente conversa com os moradores, o que já vimos assinalando aqui neste Diário: que a maior parte da população pobre ainda precisa trabalhar e não se pode dar o luxo de ficar em quarentena. Por isso, a criação dos conselhos também vai no sentido de mobilizar em torno da paralisação de setores que continuam trabalhando sem qualquer tipo de proteção real, como os trabalhadores dos transportes, correios e supermercados – dentre outros – e de uma greve geral e contra a política de favorecimento aos capitalistas.
É preciso apoiar e multiplicar essas iniciativas por todo o País.
Mais do que nunca, a libertação dos trabalhadores, será obra dos próprios trabalhadores.