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A epidemia e os servidores

O movimento dos servidores federais e o coronavírus

A categoria dos servidores federais deve se mobilizar para uma contra-ofensiva ao governo golpista, em defesa das usas condições de vida e contra o desmonte do Estado

Os servidores federais, mesmo depois da devastação provocada pelos sucessivos governos burgueses ao longo de vários anos, ainda constituem uma das mais numerosas categorias de trabalhadores do País. Se considerarmos os três níveis de governo (federal, estadual e municipal) os números chegam a casa dos mais de dez milhões de trabalhadores. Desde quando a categoria  conquistou o direito à sindicalização, através da luta que teve seu ponto alto na década de oitenta, muitas entidades foram criadas e muitas conquistas salariais e outros benefícios também foram conquistados. A esmagadora maioria destas entidades se vinculou ao setor mais combativo do movimento de luta dos trabalhadores, sendo a principal delas a vinculação à Central Única dos Trabalhadores (CUT).

No entanto, com a chegada do governo fraudulento neoliberal de Bolsonaro e Paulo Guedes, a categoria, que já vinha sendo atacada em seus direitos e conquistas (terceirização, extinção de órgãos, fim dos concursos, etc.) está agora neste momento experimentando um dos momentos mais difíceis e amargos desta longa trajetória. Os golpistas elegeram a categoria como o alvo principal dos ataques e não são poucos os adjetivos que qualificam os servidores como “indolentes”, “privilegiados” e mais recentemente, de “parasitas”, adjetivo usado pelo ministro Paulo Gudes para atacar e tentar desmoralizar os servidores federais.

Infelizmente, a resposta por parte das direções das entidades de luta da categoria a estes insultos e ataques tem sido tímidas, ou quase nenhuma. Neste momento agora as coisas se vêem ainda mais complicadas, pois diante da devastadora crise econômica e a epidemia do coronavírus, não só os servidores públicos, mas toda a infraestrutura do Estado estão sob ameaça direta dos neoliberais, cujo receituário para a crise é não só o aprofundamento do ataque às condições de vida da categoria – já por demais pauperizada – como também já foi declarado pelo “Chicago Boy” da pasta da Economia que para combater a crise (econômica e da pandemia mundial) o que deve ser feito é ir em frente com as “reformas” (leia-se, mais privatizações, mais desmonte do Estado, mais ataques ao serviço público, mais ataques aos servidores, mais ataques à saúde, educação, direitos trabalhistas etc.).

Paulo Guedes e sua turma querem esfolar ainda mais os servidores para diminuir e mesmo desmontar toda a capacidade do Estado de agir e servir aos menos favorecidos, o que é verdadeiramente criminoso, pois o atendimento às camadas menos favorecidas da população, às massas exploradas que dependem da assistência do Estado para tudo já estão por demais fragilizadas. A epidemia do coronavírus certamente irá agravar exponencialmente uma situação que já se encontra muito próxima do colapso, pois a rede pública de atenção à saúde está a caminho de sua dissolução, com os ataques e os cortes de verbas.

A PEC 95 (chamada de “PEC do fim do mundo”) foi instituída no governo do golpista Temer para congelar os investimentos no setor público, especialmente na saúde e na educação. O resultado desta medida criminosa é que estamos muito próximos de presenciar o total esgarçamento do setor da saúde no País, com todas as consequências que advirão com a expansão da epidemia para as próximas semanas em todo o território nacional.

Enquanto isto tudo acontece, não há um plano por parte das direções para levantar e colocar a categoria em movimento para a defesa das suas condições de vida e em defesa da permanência da saúde pública sob a esfera do Estado. As entidades embarcaram na ladainha paralisante de não mobilizar os servidores para responder aos ataques do governo.

Neste sentido é mais do que urgente a convocação de um “Congresso do Povo”, que reúna milhares de trabalhadores (incluindo aí, obviamente os servidores públicos federais, estaduais e municipais) para discutir um plano de lutas e um conjunto de medidas para fazer frente à crise econômica e a crise do coronavírus. Não há tempo a perder e muito menos aguardar por uma solução vinda das “autoridades sanitárias” do País, que já deram provas à exaustão da sua mais completa incapacidade em apontar uma solução para os problemas do povo trabalhador, que morrerá doente esperando pela assistência do Estado.

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