Um militante do Partido da Causa Operária flagrou, neste final de semana, um cadáver de um morador de rua que foi alvo de um ataque da extrema-direita, em São Mateus, Zona Leste de São Paulo. O rapaz teve o corpo todo queimado como resultado de mais um ataque dos fascistas extra parlamentares.
No estado também foram registradas mortes de moradores de rua que foram envenenados, fora os que simplesmente desaparecem como obra das ações de limpeza racial e social da prefeitura e do estado de São Paulo.
A direita, tradicionalmente, se utiliza desse método para garantir seus interesses, especialmente os da especulação imobiliária, que não gosta de ver moradores de rua perto de suas construções. A chacina da Candelária, no Rio de Janeiro, por exemplo, foi levada adiante por comerciantes e integrantes das forças regulares de repressão, policiais, onde oito jovens foram executados.
Depois do golpe de Estado são incontáveis de casos de forças paramilitares, grupos de extermínio e outros agrupamentos organizados pela direita, seja eles do campo, ligados ao latifúndio, seja eles da cidade, ligada capitalistas regionais. Todos, sempre, com o apoio ostensivo ou velado da Polícia Militar, que, além da repressão oficial, realiza esses “bicos” como parte da rotina da corporação.
Diante desses acontecimentos, como caso da chacina de Paraisópolis (SP), a esquerda se propõe, no máximo, a pedir “investigação profunda” sobre o caso. Sabendo que a investigação profunda será controlada pelos superiores dos assassinos, pelo Judiciário controlado pela direita, enfim, por todos aqueles favoráveis ao massacre do povo.
É preciso apresentar uma reivindicação que mobilize o povo, que coloque nas ruas a necessidade da população pobre e trabalhadora, não esperar que o próprio regime golpista resolva a situação.
Assim, é preciso lutar pelo direito de autodefesa de toda a população pobre, pela organização de comitês de autodefesa, onde a população negra e trabalhadora possa colocar em marcha uma série de ações para impor derrotas à truculência da extrema-direita, e, assim, reduzir o número de vítimas dos fascistas.