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Luta pela terra

A falta de reação está permitindo a ofensiva do latifúndio no campo

O governo Bolsonaro comemora a paralisia da esquerda enquanto realiza um massacre contra os trabalhadores na luta pela terra.

Nesta semana, o fascista Jair Bolsonaro e seu ministro pistoleiro Antonio Nabhan Garcia comemoraram que no ano de 2019 praticamente não ocorreram ocupações de terra realizadas por sem-terra, indígenas e quilombolas. Os dados comemorados apresentados dizem que no ano ocorreram apenas cinco ocupações de terra.

Os bolsonaristas estão colocando como uma enorme vitória, principalmente diante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), devido a maior repressão, cortes em programas de apoio aos assentamentos e agricultores familiares, e indicação de militares bolsonaristas para o Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Apesar das afirmações do governo serem totalmente falsas, o número de ocupações realmente foi menor em 2019 devido a uma posição por parte da esquerda e dos movimentos de luta pela terra de não entrar em confronto com os latifundiários.

Essa paralisia e recusa da esquerda em dar uma resposta a altura dos ataques dos latifundiários está permitindo uma ofensiva da direita em todos os segmentos contra a luta pela terra. O judiciário, as forças policiais, os latifundiários e parlamentares estão avançando a passos largos contra os direitos dos trabalhadores sem-terra, assentamentos, acampamentos e a violência está tomando uma proporção muito grande.

Os despejos de acampamentos estão se tornando rotineiros e a polícia nos despejos está cada vez mais violenta, inclusive atacando acampamentos muito antigos (com mais de dez anos) e altamente produtivos, como vimos nos despejos realizados na região norte da Bahia, em Juazeiro. No Paraná, o fascista Ratinho Junior realizou mais de oito despejos e ameaças mais em menos de três meses.

Bolsonaro quer aplicar a chamada GLO Rural, onde utilizará o exército com licença para matar em desocupações de terra e ainda a classificação de movimentos de luta pela terra, como o MST, na lei de segurança nacional como terroristas.

Fica evidente que o avanço da extrema direita e do latifúndio contra a luta pela terra é resultado dessa decisão equivocada e capituladora de não reagir a violência dos latifundiários e do governo Bolsonaro.

Parte da esquerda diz que um enfrentamento só aumentaria a violência dos latifundiários contra os trabalhadores sem-terra, indígenas e quilombolas. Mas o que estamos vendo é que evitar o “confronto” não está diminuindo a violência no campo e muito menos permitindo a retirada dos direitos da população do campo. Pelo contrário, os latifundiários estão retirando direitos numa escala nunca vista, nem nos anos de chumbo do regime militar.

É preciso reverter essa situação e dar uma resposta aos ataques da direita contra os movimentos de luta pela terra. A esquerda não pode permitir que lideranças e integrantes da luta pela terra sejam assassinados em vão e sem reação.

Os movimentos do campo e entidades de esquerda tem que apoiar uma onda de ocupações de terra e lutar pelo direito de autodefesa e armamento dos trabalhadores do campo para derrotar o governo Bolsonaro, dos latifundiários e pistoleiros.

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