Ocorre no próximo final de semana, dias 14 e 15 de dezembro, em São Paulo, a II Conferência de Luta contra o Golpe, que busca organizar o movimento que luta contra a direita golpista mesmo antes do impeachment de Dilma Rousseff.
É passo fundamental para todos aqueles que pretendem se organizar para impor uma derrota ao regime golpista, à direita e, em especial, o sistema repressivo controlado pela turma de Jair Bolsonaro e sua corja.
A atividade ganha importância fundamental especialmente após o massacre de Paraisópolis (SP), onde nove jovens negros, pobres, foram trucidados pela repressão do estado, a PM, que alegou cinicamente que os jovens morreram por “asfixia”.
Em outras oportunidades, massacres desse porte não ganharam as páginas da imprensa burguesa tal como este ganhou. Isso se dá em virtude da luta popular contra a Polícia Militar, contra os órgãos repressivos do estado, contra, enfim, o regime dos golpistas encabeçado por Bolsonaro. Presidente golpista que é um dos principais propagandistas e defensor do aumento da repressão, de majorar as penas, de criar novos crimes.
Essa luta está se desenvolvendo no meio da população trabalhadora, único setor capaz de impor uma dura derrota aos golpistas. Embora a esquerda não queira ver esse aspecto da luta, o povo quer e está interessado em se organizar para lutar contra os golpistas.
É o que se vê em todos os mutirões realizados até aqui pelos comitês de luta contra o golpe, em centenas de cidades no Brasil inteiro, o que se vê é a disposição de luta do povo, que não quer esperar as eleições, que certamente serão fraudadas. A população quer lutar e quer lutar agora.
É preciso organizar e aprofundar essa luta, se o objetivo é reduzir a ação letal da polícia nas comunidades pobres e negras brasileiras, não adianta apresentar reivindicações parciais, é preciso lutar pela dissolução da polícia, em movimento que precisa, na atual etapa, ter como meta derrubar Jair Bolsonaro e o regime dos golpistas.
É campanha geral, ampla, que envolve a deposição de todos os intocáveis do Poder Judiciário, que são responsáveis por uma população carcerária de quase um milhão de pessoas no Brasil, eleger os juízes! O fim dos presídios, tal como está estampado na revista João Cândido, publicada recentemente pelo Coletivo de Negros João Cândido, do PCO, dentre outros.
O único jeito de colocar um fim aos massacres feitos pela Polícia Militar é colocando o povo na rua, em conjunto com as organizações dos trabalhadores, para expulsar todas as forças de repressão das favelas e cidades operária. E o próximo passo para isso é a II Conferência Nacional de Luta Contra o Golpe! Todos à II Conferência!