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Olho por olho, dente por dente

Preparar as massas para o enfrentamento

A direita se prepara para esmagar o movimento, as massas devem responder à altura.

As explosões sociais que ocorrem em vários países da América Latina apontam para o acirramento da luta de classes em todos os países da região. Não se tratam de eventos isolados, mas são a resposta das massas à política de massacre e desagregação dos países, como consequência da  política neoliberal imposta pelos governos capachos do imperialismo norte-americano.

Os golpes de estado – inaugurado em Honduras em 2009 –  que derrubaram sucessivos governos nacionalistas surgidos justamente como resultado das revoltas populares ocorridas contra a primeira onda neoliberal entre o final do século passado e início deste, apontaram uma mudança de rumo da política do imperialismo para os países da região. Não se trata mais de uma convivência “pacífica” com governos populares, mas das suas derrubadas e da instauração de governos de tipo fascista com o objetivo de levar às últimas consequências a política de desmonte dos estados nacionais em proveito do imperialismo, iniciadas no século passado.

Os acontecimentos da Bolívia, do Chile e do Equador mostram que a direita se prepara para esmagar a população em todo o continente.

Na Bolívia a derrubada de Evo Morales em golpe com características muito parecidas com a situação brasileira – salvo pela velocidade da evolução dos acontecimentos – a direita foi atropelada pela extrema-direita, que colocou em movimento bandos de fascistas e policiais (também fascistas) para promover uma banho de sangue contra a população desarmada, sob a cobertura das forças armadas.

Situações semelhantes ocorrem no Equador e no Chile e são importantes demonstrações do que teria ocorrido com a Venezuela, caso os golpistas daquele país financiados pelo imperialismo norte-americano e com o respaldo do governo fascista brasileiro tivessem saído vitoriosos.

Apesar da desproporção entre o aparato repressivo e a condição das massas desarmadas, a reação popular tem sido de tenacidade e bravura digna de um povo que não está disposto a se curvar diante do imperialismo. “Agora é guerra civil”, como gritou o povo boliviano. É matar ou morrer.

Um problema crucial que os explorados desses países enfrentam na sua luta contra os estados ditatoriais é justamente a política da esquerda, que está paralisada diante da mobilização popular. Além de não ter sido capaz de se antecipar aos acontecimentos, justamente por viver na fantasia de que as eleições seriam capazes de garantir a “normalidade democrática”, como é o caso da Bolívia, não tem uma política consequente para superar a sua política anterior diante da nova situação de guerra civil, que toma conta da América Latina.

Um fato marcante e comum a praticamente todos os países da região é o grito popular pelo “fora Piñera”, pelo “fora Lenin Moreno”, pelo “fora Añez”, pelo “Fora Bolsonaro” e por aí vai! Ao contrário de acompanhar o povo, a esquerda busca soluções conciliatórias com os próprios golpistas.

O Brasil é emblemático, nesse sentido. Embora ainda não tenham ocorrido confrontos maiores no País, claramente o problema consiste numa questão de tempo. O Brasil é muito mais complexo, tem muito mais “gordura” para queimar do que a Bolívia, por exemplo, mas isso não significa que a situação brasileira esteja melhor. Poderia se dizer, mesmo, que é até pior. O problema é que o dique de contenção é muito maior aqui dos nos demais países latino-americanos. Uma explosão social no Brasil é muito mais delicada para o imperialismo do que nos países vizinhos.

É por isso que a esquerda cumpre um papel no Brasil tão nefasto, talvez até pior que nos demais países. Ao invés de preparar as massas para o enfrentamento que está por vir, tergiversa, manobra, alia-se aos próprios golpistas, com o fim de transformar as eleições numa panacéia que irá salvar o País de todos os males.

Enquanto procura desviar as atenções da população do caminho da luta para as eleições, a direita avança, prepara seus mercenários, prepara seus bandos fascistas. Não fosse a heróica luta dos trabalhadores bolivianos, o povo seria massacrado de maneira impressionante naquele país, mas o exemplo não serve para a maior parte da esquerda brasileira. Diante do acirramento da luta de classes não cabe a política de “paz e amor”. É necessário romper com a paralisia. Discutir abertamente com a população a necessidade do armamento. A organização de comitês de autodefesa, a proliferação dos comitês de luta contra o golpe.

A luta pela constituição de organismos de autodefesa dos trabalhadores devem estar associados a luta por derrubar o presidente fascista ilegítimo, eleito pela fraude e pelo golpe, colocar claramente na ordem do dia a luta por um governo dos trabalhadores da cidade e do campo para varrer com todo o apodrecido regime golpista e isso só pode se dar preparando as massas para um enfrentamento revolucionário.

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