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Derramento de óleo

Para esconder impactos da mancha de óleo no litoral, governo escala PM

Ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles escala mais um PM para chefiar unidade de conservação na área mais impactada pelo derramamento de óleo no litoral nordestino.

Em meio a um dos maiores desastres ambientais da região Nordeste, onde o descaso e recusa do governo de direita e seu ministro fascista do Meio Ambiente Ricardo Salles resultou na contaminação de mais de 2 mil quilômetros de costa devido ao derramamento de petróleo, Bolsonaro muda responsável da unidade de conservação da Costa dos Corais, localizada entre os estados de Pernambuco e Alagoas.

O presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), também policial militar, mas do Estado de São Paulo, o coronel Homero de Giorge Cerqueira nomeou no último dia 8 de novembro, o tenente da Polícia Militar de Alagoas Wenderson Viana Guilherme como o chefe do órgão na unidade de conservação da Costa dos Corais.

O policial militar Wenderson Viana Guilherme substituiu o biólogo marinho Iran Normande, que durante anos chefiou a unidade de conservação, pois é sua especialidade e, também comandou uma equipe de fiscais do ICMBio que autuou o ministro e aplicou uma multa a pousada do atual presidente da Embratur, Gilberto Machado Neto, em 2016, quando destruiu uma área de restinga importante dentro da unidade de conservação.

Após a chegada de Bolsonaro ao poder e a nomeação de Gilberto Machado Neto para a presidência da Embratur começou uma série de perseguições contra os agentes do ICMBio na região e o pedido de transfência de todos os fiscais que autuaram o atual presidente por crime ambiental. Tanto que o biólogo marinho Iran Normande foi transferido para uma unidade de conservação no Estado do Mato Grosso onde não existe qualquer unidade de conservação marinha, num claro ato de perseguição política.

A situação tinha ficado tão evidente que a pressão dos servidores e do próprio Ministério Público, o governo Bolsonaro voltou atrás da decisão e manteve o servidor como responsável pela APA Costa dos Corais.

Após o desastre de óleo na costa da região Nordeste, novamente o governo Bolsonaro e Ricardo Salles, substituem o biológo marinho por uma pessoa de sua confiança: o tenente da Polícia Militar de Alagoas Wenderson Viana Guilherme.

A Área de Proteção Ambiental (APA) Costa do Corais está localizada no litoral sul de Pernambuco e litoral norte de Alagoas, entre os municípios de Tamandaré (PE) e Maceió (AL). Com 135 quilômetros de extensão e mais de 413 mil hectares de área protegida, a APA Costa dos Corais é a maior unidade de conservação marinha do Brasil. Fica na região mais atingida pelas manchas de óleo que tomaram conta do litoral nordestino e é uma que possivelmente foi mais afetada pela mancha de óleo.

Bolsonaro e Ricardo Salles estão montando uma equipe de militares em todos os órgãos do governo, em especial no ministério do Meio Ambiente e suas autarquias, como o Ibama e ICMBio. Há alguns motivos principais, sendo primeiro a necessidade de implantar sua política de ataques aos servidores e ao órgão, privatização das unidades de conservação, cobertura dos crimes ambientais cometidos pelas grandes empresas e latifundiários, e nesse momento, de encobrimento do desmatamento da Amazônia e do desastre ambiental do derramamento de óleo no litoral do Nordeste.

A polícia militar, e mais ainda no caso de patentes superiores, são especialistas em encobrir crimes e dissimular situações. Fazem isso corriqueiramente nas favelas e bairros pobres de todas as cidades do país, com execuções de trabalhadores e pobres.

Colocar um policial militar na unidade de conservação mais afetada pela mancha de óleo é para esconder os impactos cometidos pelo derramamento de óleo, e principalmente, da ação criminosa do governo Bolsonaro e seu ministro fascista do meio ambiente em acobertar os responsáveis pelo derramamento e na falta de ação para combater os impactos do desastre ambiental.

É preciso reverter essa situação e impedir que o Ministério do Meio Ambiente e os órgãos ambientais se transformem em anexos da polícia militar e dos latifundiários para favorecer esses setores em detrimento da população.

Não é pedir o Fora Salles como estão clamando setores da esquerda e dos ambientalistas. A saída de Ricardo Salles não vai mudar a política de destruição ambiental de Bolsonaro e da direita. Um bom exemplo é o ministério da Educação, onde saiu o colombiano Ricardo Vélez para entrar um pior ainda, o atual ministro Abraham Weintraub. É preciso entrar na luta e pedir o fora Bolsonaro e todos os golpistas. É a única maneira de reverter esse quadro.

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