Nas últimas semanas, é de se reparar o aumento dos ataques ao Partido da Causa Operária. São ataques que vêm de vários lados da luta política, tanto da esquerda pequeno-burguesa, quanto da direita golpista.
O PCO vem incomodando muita gente da burguesia golpista e também da esquerda frente amplista. Nas últimas semanas entramos em sérios debates acerca da questão da candidatura de Lula em 2022 com uma firme defesa da candidatura do petista contra a política da chamada terceira via.
Acontece, no entanto, que esses ataques não resultam em debates honestos, onde um lado expõe seu ponto de vista para o outro argumentar contra. A luta política contra a esquerda pequeno burguesa e a direita não é assim. No público, não se trata de uma argumentação contra nossas posições, uma discussão do que estaria correto ou errado, mas se assemelha a uma histeria, um surto.
Nos momentos de polêmicas é comum escutar que os militantes do PCO são “malucos”, “burros”, “machistas, homofóbicos”, e tudo quanto é xingamento possível.
Existem, inclusive, outros ativistas ou mesmo parlamentares que possuem uma posição igual ou similar às nossas, no entanto, não sofrem a enxurrada de calúnias como as que nos destinam. Denotam, portanto, que o objetivo é atacar o PCO, independente da polêmica envolvida.
Os ataques públicos são, de certa forma, simples de rebater, como a que fizemos para responder o jornalista golpista Reinaldo Azevedo.
Ocorre, no entanto, que essa luta contra o PCO é também travada ocultamente, no boca-a-boca, ali onde não se está observando. A esquerda pequeno burguesa pela falta de uma política que não seja a mesma que a política da burguesia parte para as calúnias, difamações, mexericos, fofocas. E nesse terreno o céu é o limite para a invenção.
Vi, por exemplo, um camarada no twitter contando que foi abordado por pessoas do PSOL, PCB e similares para – na expressão popular – tirar satisfações acerca da posição do PCO sobre os acontecimentos no Afeganistão.
É uma tática extremamente suja, um assédio recorrente que os militantes do PCO sofrem. Não se trata de uma luta honesta, mas uma tática de assédio e intimidação dos militantes do PCO.
A esquerda pequeno burguesa vindo me questionar no ato hoje de manhã pela posição do PCO em relação ao Talibã. Confesso que não tive muita paciência nas minhas respostas. Ser cobrado por aqueles que apoiaram o golpe no Brasil é dose hein. Pra cima de mim nem pensar.
— Paulo Amaro Ferreira (@PauloAmaroFerr1) August 18, 2021
Com esse camarada não funcionou, mas isso não significa que esse assédio será interrompido. Mas esse caso não é isolado, é uma tática nacional e internacional de intimidação!
Ouvi a história de uma companheira que estava sendo “avisada” por sua amiga (e que amiga!) de que as polêmicas que o PCO se envolvia eram “perigosas” e isso não era bom para a imagem dela pessoalmente. E que ela – a amiga – não sairá em fotos com o PCO. No movimento estudantil isso também é bastante comum. Os elementos da esquerda pequeno-burguesa ficam bastante de olho em quem ousar se aproximar do PCO com o objetivo de procura-los posteriormente.
O objetivo não é ganhar essas pessoas para suas posições, para sua organização, mas “quebra-las”. Querem que a pessoa deixe de militar no PCO ou simpatizar com nossas ideias, querem atacar o PCO seja qual for a forma ou conteúdo, nos diminuir, diminuir nossa organização.
O correto para um debate honesto deveria ser que este fosse aberto para que qualquer cidadão possa ver e tomar uma posição. Um lado expõe sua posição e o outo se contrapõe.
A direita usa a imprensa burguesa, a mesma que apoiou o golpe de Estado e a prisão de Lula para nos caluniar em grande escala. Uma certa colunista em um jornal na ultra reacionária Jovem Pan falou que o “PCO deve ter seu registro caçado”. Querem a destruição do PCO, a destruição da vanguarda operária no Brasil.
Trata-se de uma campanha organizada. A direita golpista está espumando contra o PCO. Qual o motivo? Nossa luta firme e sistemática contra o golpe de Estado e neste momento contra a terceira fase do golpe, isto é, o golpe contra a candidatura de Lula em 2022.
A esquerda pequeno-burguesa, por sua vez, também está. A grande agitação contra o golpe da chamada frente ampla está levando os planos de certo setor da esquerda por água abaixo.
Isso, de certa forma, mostra que estamos no caminho certo. Como disse o camarada Rafael Dantas: Atacam o PCO… ainda bem! Seria preocupante se nos elogiassem