Nesta semana, a contaminação do litoral nordestino pelo derramamento de óleo chegou a mais de 200 praias e o governo continua sem nenhuma medida para reduzir os impactos do desastre ambiental e, muito menos, encontrar os culpados pelo crime.
Já se passaram mais de 50 dias e ainda não se tem uma noção exata do derramamento de óleo, as equipes que estão retirando o óleo das praias já retiraram mais de 900 toneladas da areia e dos corais de toda a costa da região.
As consequências já são sentidas pela população que depende do turismo e pesca da região, com a diminuição no número de turistas e também na venda de peixes realizadas por milhares de pescadores tradicionais que tem seu sustento dessas atividades.
Apesar de não se ter uma dimensão da quantidade de óleo, não parece que o desastre seja das dimensões de grandes desastres realizados por derramamentos de óleo pelo imperialismo no mundo. O que está agravando o problema é a completa paralisia do governo Bolsonaro atráves do Ministério do Meio Ambiente em retirar o óleo das praias e do mar. Fica evidente isso quando vemos as medidas anunciadas após mais de um mês e chegamos a conclusão que é apenas propaganda e acusações infundadas por parte dos bolsonaristas.
O governo tomou uma série de medidas para deixar a Petrobras mais palatável para a privatização e cortes nos gastos de combate e prevenção a desastre de derramento de petróleo para que as empresas imperialistas, como a Shell, atuem da maneira mais lucrativa e sem controle para emporcalhar todo o litoral brasileiro.
Foi assim, pois até o momento o governo não colocou em prática o plano emergencial de combate ao derramento de óleo, inclusive previsto na legislação ambiental. Extinguiu o conselho que delibera ações contra acidentes de óleo, quer extinguir os centros de defesa ambiental dentro da petrobras, e deixa para o povo combater o desastre ambiental.
O governo está paralisado e esperando o óleo chegar a costa, contaminando ainda mais os manguezais, corais e regiões de turismo. E quem está realizando o combate e limpeza dessas praias é justamente a população e os trabalhadores das regiões afetadas diante da completa assistência do governo Bolsonaro.
Tudo isso é fruto de desmonte de toda a legislação ambiental e de controle de exploração das empresas. É o capitalismo puro e simples, onde os interesses da empresas estão acima dos ambiente, da população e dos interesses dos trabalhadores.