Lula, ex-presidente da república, líder máximo do PT, está enfrentando a perseguição do Poder Judiciário, que, sob comando dos golpistas, levou adiante um processo-farsa que culminou em sua prisão, completamente ilegal, o deixando nas masmorras de Sérgio Moro, em Curitiba (PR).
Não bastasse isso, o Supremo Tribunal Federal (STF) está cozinhando Lula e outros presos políticos do regime, sob o argumento de se “debater” a prisão em segunda instância, quando, todos sabem, é inconstitucional a prisão sem que tenha esgotado todos os recursos possíveis, em todas as instâncias. É garantia democrática do cidadão contra o poder arbitrário do Estado.
É essa rede podre do judiciário, que “debate” garantias fundamentais, que levou para a prisão as 800 mil almas do sistema penal, que, em quase sua totalidade, passou pelo mesmo que está passando o ex-presidente. Isso sem falar dos que, simplesmente, foram esquecidos nas cadeias, sem assistência, sem um processo legal, sem direito a defesa, enfim.
A prisão de Lula escancarou a porta para que o sistema penal, sempre controlado pela direita, ficasse ainda mais fora de controle, e, na verdade, nem é possível saber exatamente a quantidade de presos no Brasil, nem os mandados de prisão expedidos, nem os mortos dentro das carceragens, enfim, a repressão tem carta branca dos golpistas para aprofundar os ataques contra o povo negro e trabalhador.
A repressão é fundamental, especialmente para casos como o do Rio de Janeiro. É arma dos golpistas, da burguesia, para controlar o povo revoltado contra o regime. É por isso que Wilson Witzel dispara de cima de um helicóptero contra o povo, é por isso que a polícia mata crianças toda semana no estado.
É o mesmo aparato organizado contra Lula. Por seu peso social e político, sua liberdade é fator fundamental se se quer libertar as centenas de milhares de presos brasileiros. A liberdade de Lula, com a anulação de seus processos, é componente fundamental da luta do povo negro contra o sistema repressivo.
Ou seja, libertar Lula é componente crucial na luta contra a repressão do Poder Judiciário, poder que não foi eleito por ninguém e que, a mando do imperialismo, está levando adiante todos os interesses da direita golpista. Conseguir sua liberdade e a anulação de seus processos é impor uma derrota os golpistas do judiciário, é abrir caminho para a libertação do povo negro encarcerado.
Assim, todos os militantes e organizações do povo negro interessadas nessa questão, na libertação dos presos brasileiros, no fim da era escravocrata do regime penal, devem comparecer em Curitiba, no próximo dia 27, em mais uma manifestação contra a direita golpista. A mesma direita que não gosta do pobre, do negro, do trabalhador brasileiro. Essa direita precisa ser esmagada.