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Fora Bolsonaro e Lula Livre

CUT e Conlutas: diferenças às claras

Esquerdas conciliadora e pseudo esquerdista são correias de transmissão dos interesses do imperialismo

Nos primeiros dias do mês de outubro tive a oportunidade de acompanhar e participar de duas atividades significativas do ponto de vista da evolução da situação política do País, da luta de classes e, consequentemente, da luta contra o golpe de Estado no Brasil: os congressos da Conlutas e da CUT.

O primeiro deles, o da Conlutas. Congresso que precedeu o da CUT em alguns dias, foi, digamos assim, quase que um atestado de óbito para um arremedo de central que se propunha “superar a CUT”. Aqui não se trata de um regozijo de fundo moral, mas do entendimento do ponto de vista da luta de classes, da profunda confusão que  a política pseudo-esquerdista dos diversos agrupamentos pequenos-burgueses, a começar pelo setor majoritário, o PSTU, que compõem a “Central”, causam no interior da esquerda e por consequência no próprio movimento dos trabalhadores.

Quando falo em confusão, não é que esses grupos em si, tenham um significado na vida do movimento operário brasileiro, mas é que suas posições políticas com aparência esquerdista se fundem com as posições mais direitistas e conciliadoras de todo um setor pequeno-burguês e direitista da esquerda brasileira.

Para ficarmos apenas nas questões cruciais que marcaram ambos os congressos, um pela negativa e o outro pela positiva, cito as questões-chave da situação política brasileiro e também latino-americana: Lula, Bolsonaro e Venezuela.

Nos três casos, as resoluções do Congresso da Conlutas apontam uma verdadeira frente única com o imperialismo. Nada de defesa da liberdade de Lula, nada de fora Bolsonaro e tudo de fora Maduro.

Não vou entrar no mérito das “justificativas”, pois já estão polemizadas fartamente neste DCO e na imprensa do PCO em geral, mas, justamente em como essa política alimenta e se funde com os setores mais direitistas da esquerda brasileira e latino-americana, causando uma enorme paralisia e vacilação que se expande para diversas organizações políticas a começar pelo PT.

A burguesia, o imperialismo, tem consciência mais do que qualquer outra classe social do seu estágio terminal. Nos casos brasileiro e latino-americano isso é patente. Espalharam golpes por todos os países e mesmo assim não encontram uma saída de um ponto de vista econômico e consequentemente político, que permita estabilizar os golpes, muito ao contrário.

É nesse quadro que a direita se utiliza da esquerda como uma correia de transmissão a fim de conter o aumento exponencial da polarização política entre as classes sociais. No Brasil um bloco que vai da direita do PT, passa pelo Psol, PCdoB, partidos da esquerda burguesa e vai até os partidos  linha de frente do golpe, como o PSDB e o DEM, buscam canalizar a insatisfação popular para as instituições golpistas, em particular o Congresso Nacional, e ao calendário eleitoral, através do movimento “Direitos Já”.

É nesse ponto que se fundem as políticas pequeno burguesas da esquerda direitista e da ultra-esquerda, que, também, é direitista. Ambas, cada uma a seu modo, são como correia de transmissão, da política do imperialismo. Por isso, nada de fora Bolsonaro, nada de liberdade para Lula e tudo pelo Fora Maduro.

Em oposição a essa política de frente única com o imperialismo, o Congresso da CUT expressou as tendências à mobilização presentes na situação política e que em alguns países já se expressam com revoltas populares, como é o caso do Equador. Não porque a maioria dos dirigentes estejam convencidos da necessidade de um movimento de enfrentamento com o golpe, mas, porque a CUT e os seus sindicatos são muito mais permeáveis à pressão de suas bases.

O Fora Bolsonaro, a Liberdade para Lula, a denúncia da fraude eleitoral que levou o fascista Bolsonaro ao governo, a convocação de novas eleições com Lula candidato, foram a tônica do Congresso e representam os anseios da esmagadora maioria da população brasileira.

Esses eixos políticos são poderosas alavancas para impulsionar o movimento de luta no País e colocar, assim como no Equador e em toda a América Latina, a derrota do golpe e a luta por governos dos trabalhadores da cidade e do campo como uma condição fundamental para a luta anti-imperialista em toda a América Latina.

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