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Radicalização

As principais lições do CONCUT

Encontro evidencia tendências a uma enorme radicalização no movimento operário e aprova resoluções combativas mesmo diante de limites burocráticos do evento

Participamos nesta semana, como delegado, do 13༠ Congresso Nacional da Central Única dos Trabalhadores (CONCUT) – denominado “Congresso Lula Livre”, junto com uma pequena e combativa delegação da Corrente Sindical Nacional Causa Operária (militantes e simpatizantes do PCO).

Se por um lado, o Congresso foi o menor da história da Central criada em 1983 e evidenciou uma significativa crise das direções do movimento sindical, produto da política defensiva adotada por elas diante do avanço da direita e da pressão exercida por setores reacionários da  esquerda burguesa e pequeno burguesa que advogam e colocam em prática uma politica de colaboração e entendimento com setores golpistas da burguesia, também infiltrados no movimento sindical (como no caso das direções patronais de “centrais” como a UGT e a Força Sindical que apoiaram o golpe de Estado, o governo Temer, a eleição fraudulenta de Bolsonaro e os ataques do congresso golpista contra os trabalhadores como no “congelamento” dos gastos públicos (PEC 95) e nas “reformas”trabalhista e previdenciária.

Por outro lado, o encontro refletiu a revolta cada vez maior dos trabalhadores contra o governo ilegítimo de Jair Bolsonaro que impulsiona uma crescente radicalização politica no País e do deslocamento à esquerda das organizações dos trabalhadores, sob a pressão da revolta crescente dos explorados contra os ataques dos golpistas às suas condições de vida, ainda que com importantes limitações burocráticas, como o reduzido numero de delegados em relação ao tamanho da Central, com mais de 4 mil sindicatos filiados, e o inexpressivo número de trabalhadores de base, em um congresso formado majoritariamente por dirigentes sindicais com vários anos de mandatos em diretorias sindicais.

Expressando estas tendências a maior organização sindical do País e da América Latina – e uma das maiores do mundo – aprovou Eixos como a Luta por “derrotar a coalizão de forças golpistas” no qual propõe “a luta pelo fim do governo Bolsonaro, que significa a queda do bloco político que o sustenta, e não só o presidente. E a luta pela consequente restituição da soberania popular com novas eleições livres e plenamente democráticas, que só podem acontecer com Lula livre e participando ativamente do processo político””.

A resolução do Congresso destaca ainda a “luta pela libertação de Lula e anulação de sua pena” como sendo de “importância estratégica para a CUT.

 

Plano de Lutas e nova Executiva

 

No debate sobre o Plano de Lutas o Congresso adotou um conjunto de resoluções sobre os temas centrais para a luta dos trabalhadores, inclusive incorporando- com pequenas alterações – as propostas de emendas apresentadas pela Corrente Sindical Nacional Causa Operária sobre a luta contra o desemprego e contra as privatizacões, que receberam mais de 500 assinaturas de apoio de delegados do Congresso.

A presidência da Central Única dos Trabalhadores passa a ser ocupada pelo dirigente sindical dos metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre (foto). O vice-presidente será o bancário Vagner Freitas (do Sindicato dos Bancários de São Paulo) , que exerceu a presidência da CUT dois mandatos consecutivos, nos últimos sete anos. Na Secretaria-Geral, estará a representante dos trabalhadores rurais, Carmen Foro (do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Igarapé-Mirim/PA) e a Secretária de Finanças, será comandada pelo professor estadual Ariovaldo de Camargo (da APEOESP).

A Executiva passou a ser formada por 50 sindicalistas e a direção da Central, será completada com as indicações dos Ramos de Atividades em que a Central tem organização nacional e pelos Congresso Estaduais da entidade que acontecem a partir da segunda quinzena de outubro até a primeira quinzena de dezembro.

 

 

 

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